Viena, 1945
Neste Natal, havia 900 calorias de comida por cabeça em Viena. Cada lar podia dispor de apenas uma lâmpada de 25 Watt. O primeiro chefe de governo austríaco do pós-guerra, o chanceler Leopold Figl, era um estadista que, ao beber vinho da sua cidade natal Rust am Neusiedlersee, reconhecia imediatamente através de um só gole, de que encosta provinha a gota, se da encosta sul ou da encosta poente. Quando se encontrava embriagado, o que acontecia com frequência, saltava para uma mesa e deixava-se cair nos braços dos seus adeptos fiéis, preparados para o acolher. Costumava gritar: “Aqui têm, o vosso chanceler bêbedo!”
Figl, patriota incontornável em tempos dificílimos, saído de um campo de concentração hitleriano para ocupar o lugar de chanceler, proferiu o seguinte por ocasião do Natal de 1945: “Não tenho nada para vos oferecer no Natal. Não tenho velas para vos oferecer para a vossa árvore, se é que têm uma... Não tenho presentes para dar. Nem um pouco de pão, nem carvão para aquecer, nem um copo para oferecer uma bebida – não temos nada. Apenas posso pedir-vos: acreditai nesta nova Áustria!
Neste Natal, havia 900 calorias de comida por cabeça em Viena. Cada lar podia dispor de apenas uma lâmpada de 25 Watt. O primeiro chefe de governo austríaco do pós-guerra, o chanceler Leopold Figl, era um estadista que, ao beber vinho da sua cidade natal Rust am Neusiedlersee, reconhecia imediatamente através de um só gole, de que encosta provinha a gota, se da encosta sul ou da encosta poente. Quando se encontrava embriagado, o que acontecia com frequência, saltava para uma mesa e deixava-se cair nos braços dos seus adeptos fiéis, preparados para o acolher. Costumava gritar: “Aqui têm, o vosso chanceler bêbedo!”
Figl, patriota incontornável em tempos dificílimos, saído de um campo de concentração hitleriano para ocupar o lugar de chanceler, proferiu o seguinte por ocasião do Natal de 1945: “Não tenho nada para vos oferecer no Natal. Não tenho velas para vos oferecer para a vossa árvore, se é que têm uma... Não tenho presentes para dar. Nem um pouco de pão, nem carvão para aquecer, nem um copo para oferecer uma bebida – não temos nada. Apenas posso pedir-vos: acreditai nesta nova Áustria!
Tradução (não literal) de um texto da autoria de Günther Nenning, extraído do livro "O milagre da improvisão - Natal nos anos 40" de Michael Skasa
4 comentários:
Tempos terríveis, mas olha que o Natal no Haiti,por exemplo, não deve ser melhor...
Gostei deste post.
Mas concordo com o Luís, há por aí muito Natal sem 900 calorias de comida por cabeça, quanto mais uma lâmpada.
Gostei do texto e desta memória sobre o Natal!
Pouco mais conhecia do que o nome de Leopold Figl.
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