Este acontecimento, levado a cabo em colaboração com o Museu de História de Arte de Viena, reveste-se de grande importância, visto nunca se ter realizado uma amostra tão abrangente que se dedicasse exclusivamente à arte do retrato alemã. Com efeito, a pintura flamenga e italiana sobrepuseram-se sempre à congénere germânica, e talvez com mérito. Os retratistas flamengos primaram pelo naturalismo retratista, evidente nos seus quadros, os génios da península itálica orgulharam-se de ter criado um novo conceito de beleza único, manifesto no período renascentista.
Contudo, o retrato alemão desenvolveu um estilo próprio e inconfundível, ao conferir uma autenticidade impressionante à pessoa retratada, tentando por vezes captá-la numa abordagem quase psicológica. Dürer, Cranach (o Velho) e Holbein (o Novo) foram o expoente máximo deste movimento e deixaram, como herança, a sua visão sobre a transição do indivíduo da Idade Média para a Idade Moderna, tendo-se afirmado como descobridores e criadores do ser humano na arte retratista alemã.
A exposição estará aberta ao público até 15 de Janeiro de 2012.
Quem preferir a modernidade, poderá apreciar a obra de Georgia O'Keeffe a partir de 3 de Fevereiro neste mesmo espaço.
Imagens: retrato de uma jovem veneziana de Albrecht Dürer; retrato de um homem sem barba, provavelmente da autoria de Lucas Cranach o Velho
4 comentários:
Cranach e Dürer: dois dos meus pintores preferidos.
Idem.
Nada tenho a acrescentar para além do que se disse a não ser que adoraria aproximar-me desses retratos.
essas obras são fantástiks, nunk conseguiria fazer uma igual...
Enviar um comentário