Depois de amanhã a Primavera!
À Isabel e ao António
A dadivosa mãe que em tudo existe
para além do só remédio só palavra
um cobertor de esperanças para o medo
três girassóis lindíssimos desdobráveis
A boca na boca e as lágrimas
mais azuis de brinquedos e de imensos
lençóis de inventar os dias límpidos
A dadivosa mãe as tardes quentes
Florescer a noite de agasalhos
de corações em pé no destemor
alimentar as órbitas fraternas
de iluminar raízes dança pura
Ó música sem tédio dos cabelos
do teu olhar do cheiro dos reflexos
desta razão solar! Em caule e rama
- ó dadivosa mãe – tudo desperta!
João Rui de Sousa
(In: Corpo terrestre)
João Rui de Sousa
(In: Corpo terrestre)
2 comentários:
Apoiado.
Poesia honesta, poeta discreto.
Geminei!..:-)
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