(...) Aí vêm de novo o Carrilho, a Estrela, o Ferro, a Maria de Belém, o Martins, quiçá o Vitorino, e outras excelentes criaturas, mais os boys e as juvenis promessas, e desta vez capitaneados pelo inefável António José Seguro, amigo e companheiro do analfabeto, ou ex-amigo, e cuja experiência de governo em altas e difíceis funções é, digamos, nula, embora os colegas reconheçam mestria na intriga " aparelhística ". Sublime vantagem. E os dois génios de serviço, que ninguém percebe se são seguristas ou socorristas, Assis e Costa. Costa é um bom presidente da Câmara e assim vai continuar, embora fosse a óbvia escolha para primeiro-ministro ( o partido não quis ). Assis é um daqueles moderados sem convicção que também aprendem depressa no cargo.
E o povo português irá eleger estas luminárias, que se sucedem às luminárias anteriores, enquanto continuamos a pedir dinheiro emprestado a juros agiotas. As luminárias, com exceção de Costa e mais três ou quatro, excluindo os anciãos, não sabem governar ou governaram mal. Dois anos e dois mil acessores mais tarde, os juvenis perceberão o que andam ali a fazer. Nessa altura, mais endividado, o povo português ameaçará apeá-los aos gritos de bandidos, bandidos. É assim, será assim. O Estado continuará por reformar e o país continuará a definhar, porque o cartel é o do costume, a clientela não mudou e a burocracia também não.
O carrossel gira, comentado cá em baixo por aqueles que enjoaram nas voltas da roda, Segurem-se bem.
- Clara Ferreira Alves, no Expresso do passado sábado.
5 comentários:
O Centrão, a cair para um, ou para outro lado, é um anátema, mas apesar de poucas, há outras soluções...
Será que há? Ou esgotado o Centrão, até por falta de maiorias absolutas, mais depressa teríamos um governo tecnocrático, tipo Monti, aprovado pelos credores e com a chancela de Belém?
O partido não quis o Costa? Ele foi a votos?
Quanto ao Assis, ele é das pessoas que tem a cabeça mais bem estruturada. Deste, podia a CFA dizer que o partido não o quis. Infelizmente.
Partilho a opinião do Luís.
Esta "luminária" devia olhar para si própria e lembrar-se do tempo em que apoiou o Santana Lopes para Presidente da CML e o rebuçado que ele lhe deu como directora da Casa Fernando Pessoa, onde deixou uma obra de que todos se lembram. Era uma trabalhadora emérita.
Para quem não saiba, a fulana não fez nenhum. Recebia um ordenadão.
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