Nasceu em 17 de Agosto de 1907, em Castres, de uma família originária de Salsein, nos Pirenéus, parecendo ser aparentado com o escritor Alain Peyrefitte, cujos antepassados tinham origem também nessa aldeia ( Alain, nascido em 1925, chamava-se Roger Antoine mas mudou o nome devido à controvérsia que envolvia o seu homónimo).
Roger Peyrefitte, homossexual assumido, começou por ser diplomata, que abandonou em 1940, mas com 33 anos publicou o seu talvez mais conhecido romance, Les amitiés particulières, que obteve o prémio Renaudot em 1945, e originou o filme com o mesmo título em 1946, dando início a uma extensa obra literária. E ao escândalo, devido à temática homossexual que perpassa pelos seus livros. Mas também do ataque violento à Igreja e ao Papa, na altura Pio XII, apesar de ter estudado em colégios católicos. Curiosa e paradoxalmente morreu com 93, em 2000, anos não sem ter recebido antes os Últimos Sacramentos. Igualmente foi motivo de escândalo a revelação de práticas e segredos da vida diplomática nos seus livros Les Ambassades de 1951 e La fin des Ambassades, de 1953.
Muito conhecido é também o romance L' exilé de Capri, sobre o exílio do Barão Jacques d´'Adelswärd- Fersen (também escritor e poeta que teve de fugir ao escândalo da sua homossexualidade e viveu com o companheiro 20 anos em Capri).
Muito conhecido é também o romance L' exilé de Capri, sobre o exílio do Barão Jacques d´'Adelswärd- Fersen (também escritor e poeta que teve de fugir ao escândalo da sua homossexualidade e viveu com o companheiro 20 anos em Capri).
É menos conhecida e citada a sua trilogia sobre Alexandre o Grande -La Jeunesse d'Alexandre, 1977, Les Conquêtes d'Alexandre, 1979 e Alexandre le Grand, 1981 - que é, na minha opinião, uma extraordinária obra de ficção biográfica e que bastaria para o inscrever na história da literatura francesa do século XX.
Conhecido por defender, sobretudo na época em que escreveu, a sua orientação sexual, é justo que se reconheça o excelente escritor que está muito para além dela.
3 comentários:
Li há muitos anos um livro dele intitulado Os americanos.
Era conhecido pela sua língua afiada. Curiosamente, anteontem estive a ler umas apreciações dele sobre Frederica e Paulo da Grécia.
Talvez tente ler o livro sobre Alexandre, o Grande.
Nunca li nada dele e gostaria de ler o livro que se passa em Capri, ilha para mim especial.
Vou procurar na biblioteca.:))
Boa tarde.
Li e adorei Les fils de la lumière. Livre de poche, 1966.
Enviar um comentário