O escritor peruano Mario Vargas Llosa, autor do romance Conversa n’A Catedral, vai hoje receber o grau de doutor honoris causa, pela Universidade Nova de Lisboa.
A proposta foi apresentada por Nuno Júdice, docente do Departamento de Línguas, Culturas e Literaturas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas daquela Universidade, segundo o qual, os romances de Llosa «são imprescindíveis para conhecermos a História do continente sul-americano». No mesmo comunicado, o escritor português afirma ainda. «Tendo como cenário, nos primeiros romances, o Peru e o espaço social em que decorre a primeira fase da sua vida, tratando questões ligadas à iniciação e maturação do homem, Vargas Llosa criou personagens que ficam inscritas na História literária dos séculos XX e XXI».
Nuno Júdice realça que Vargas Llosa «vai além da sua pátria, a que sempre se dedicou, nomeadamente quando, num momento difícil, foi candidato à Presidência do Peru», acrescentando que «os romances do escritor são imprescindíveis para conhecermos a História do continente sul-americano, os seus conflitos e a sua sociedade».
Como exemplo, Júdice destaca A guerra do fim do mundo e O sonho celta, entre outras «obras que o afirmaram na transformação da linguagem romanesca do século XX, ao lado de García Márquez».
No romance A guerra do fim do mundo (1981) «descreve a guerra dos Canudos no Brasil» e, no seu penúltimo romance, O sonho do Celta (2010), «traça um retrato impiedoso da colonização europeia da África negra».
Dos romances aqui referido só li Conversa n'A Catedral, aliás o primeiro livro que li do autor peruano, e que ainda hoje, talvez por ter sido o primeiro, é o meu livro preferido dele, de entre os que li.
No monte tenho para ler O herói discreto. E vou começar Lituma nos Andes.
«No meu caso, a literatura é uma espécie de vingança. É algo que me dá aquilo que a vida real não me pode dar - todas as aventuras, todo o sofrimento. Todas as experiências que eu só posso viver na imaginação, a literatura completa-as.»
4 comentários:
"O Sonho do celta" não conheço. Ficará como proposta na minha lista da biblioteca.
Ofereceram-me o "Homem de Constantinopla" e o "Milionário em Lisboa".
Vou andar pela escrita portuguesa.
:))
Eu gostei da biografia do Gulbenkian. Espero que tb goste.
Já percebi o post do prato. :-)
Afinal, gabo-lhe gosto. :-))
Anh!... :-)
Gabo era um amigo com quem ele se zangou; e nunca vamos saber porquê.
Bom dia, Miss Tolstoi!
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