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segunda-feira, 20 de abril de 2015

Leituras no Metro - 208

Lisboa: Bertrand, 2014

Estive a ler este livro de Cecília Honório, atualmente deputada do BE, sobre algumas das raparigas que integraram o MUDJuvenil e a sua luta contra a Ditadura. Mulheres como Maria Barroso e Margarida Tengarrinha, as únicas que chegaram a deputadas depois do 25 de Abril; ou Isaura Silva, enfermeira, que protagonizou a luta pelo direito das enfermeiras a poderem casar. Uma coisa insólita numa sociedade moralista: não era permitido às enfermeiras casar; o mesmo se passava com as telefonistas, hospedeiras da TAP e funcionárias do MNE. 
Este livro lê-se bem.

3 comentários:

LUIS BARATA disse...

Nunca percebi muito bem o racional, digamos assim, dessas proibições. Mesmo as professoras para poderem casar era complicado, havia uma série de exigências.
Outra questão que já me tem surgido : depois do 25/4, terá havido uma vaga de casamentos? Sabe-se ?

MR disse...

Não sei. Mas uma política reacionária e católica que não permitia certas mulheres casar, era como se as obrigasse a viver em pecado. Estranho...
Não sei se essa lei permaneceu até ao 25 de Abril!? Pelo menos Isaura Silva casou com António Borges Coelho penso que em 1960, estava ele preso. Mas talvez não exercesse enfermagem na época. Ou casou, apesar da proibição. Depois do 25 de Abril entrou para o quadro da Maternidade Alfredo da Costa.

ana disse...

Hoje em dia os jovens ficam estupefactos com esta informação.
Vou anotar o título para ler.
Boa tarde.:))