Como pequeno aditamento ao post de MR de ontem, vemos Dario Fo e sua mulher, Franca Rame, numa imagem de 1962, quando Dario e Franca decidiram virar costas ao programa Canzonissima da Rai que impunha uma censura severa aos textos políticos dos dois. Este "exílio" demoraria até 1977, ano em que a Rai2 passou a transmitir os sketch de Dario e Franca. Durante estes quinze anos, a Itália viveu um período de grandes modificações sociais, tendo o casal Fo/Rame defendido uma ala que alguns críticos posicionavam à esquerda do PCI.
O filho, Jacopo, lamentou ontem numa entrevista a forte oposição que o pai enfrentou ao longo de toda a sua vida, esperando que a Itália se unisse em homenagem ao Prémio Nobel de 1977.
O corpo de Fo encontra-se em câmara ardente no Piccolo Teatro de Milão.
6 comentários:
Obrigada, Filipe, por esta achega.
Imagino o que eles terão passado. As pessoas, no geral, aceitam mal a sátira.
Na morte, todos se unem; já no Nobel, não foi assim.
Boa tarde!
Terá tido uma vida cheia que é mais importante que reunir consensos. E há pessoas a quem a oposição só dá mais força para lutar.
Concordo com os dous comentários.
Eu vi em Lisboa no 1982 Oiçam como eu respiro e gostei muito.
Quando alguém alegra a vida das pessoas e não faz mal, isso fica para sempre. Se alguma gente não aceita a crítica ou a sátira...Pois são os que máis perdem, ainda terem feito sofrer os demais.
Abraço
Luisa
Filipe,
Fez-me impressão quando soube da sua morte que foi no dia em que se soube o prémio Nobel da literatura.
Bom Sábado!:))
Luísa,
Também vi Oiçam como eu respiro no Teatro Aberto. Já não me lembrava. :-))
Boa noite!
Há muitos anos, Manuela...Eu também lembrei nestes dias, mas tinha esquecido...
Boa noite !
Luisa
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