Lisboa: Relógio d'Água, D.L. 2010
Este livro, de que gostei muito, é a biografia de Friedrich von Hardenberg até ao período em que começa a assinar como Novalis. A Flor Azul de que Novalis fala em Heinrich d'Orterdingen ficou como símbolo do Romantismo.
«E o rapaz revirava-se na cama, com pensamento no Estrangeiro, no que ele contara. Não, pensava ele para consigo; não são os tesouros que me despertam, no íntimo, tão inconfessáveis desejos; estou longe de sentir a mesma cupidez; mas quanto à Flor Azul, essa sim, anseio por descobri-la! Não me sai da cabeça, não consigo pensar ou imaginar outra coisa além dela. Nunca nada me impressionou desta maneira: tenho a sensação de que a minha vida, até aqui, não passou de um sonho, ou de que, enquanto dormia, vim ter a outro mundo; porque, naquele em que eu vivia, quem é que alguma vez se preocupou com flores? E de tão insólita paixão por uma flor única, muito menos, até aqui, ouvi falar.» (Cit. de Heinrich d'Orterdingen. Trad. de Luísa Neto Jorge.)
Novalis não chegou a completar Heinrich d'Orterdingen.
3 comentários:
Esse ainda está em fila de espera para ser lido...:)
Bom dia, MR!
Pouco sei de Novalis, mas uma flor azul, por ser azul, tem beleza diferente. Tão pouco viveu o poeta. Ou terá ividvo muito em curto tempo.
Cláudia,
Gostei muito do livro. Penelope Fitzgerald é conhecida como muito boa biógrafa, mas eu também a desconhecia até ter lido A livraria...
Bea,
Eu de Novalis só tinha lido alguns poemas, em tradução. Nem sabia o significado da «flor azul».
Bom da para as duas.
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