Lisboa: Relógio d'Água, 2005
Acabei de ler o livro de entrevistas que Dominique Petitfaux fez a Hugo Pratt sobre a sua vida. Gostei imenso. Nele se fica a saber sobre a vida aventurosa e de viajante incansável que foi Hugo Pratt, bem como o que leu e estudou para elaborar as suas bandas desenhadas.
DE Hugo Pratt só conheço os livros de Corto Maltese. Não sabia que Hugo Pratt tinha feito BDs sobre a história dos Estados Unidos, chegando mesmo a
Descendente de franco-ingleses, judeu-espanhóis e turcos, Hugo Pratt nasceu nos arredores de Rimini (Itália), e passou a maior parte da infância em Veneza. Despertou para a sua o desenho na Etiópia, para onde foi aos dez anos e onde viveu seis anos. Na Etiópia desenhou em vários cadernos o que via, cadernos que a mãe mais tarde queimou. Anos depois voltou a Veneza, onde viveu a queda do fascismo, habitou treze anos em Buenos Aires, regressou a Itália, viveu em Paris e instalou-se na Suíça, perto do Lago Léman, nos últimos dez anos da sua vida. Isto tudo com muitas viagens («peregrinações») pelo mundo inteiro.
Perito na cabala, iniciado no vodu e na maçonaria, falante de várias línguas, Hugo Pratt surge-nos neste livro, muito ilustrado com desenhos seus, como um personagem ainda mais fascinante do que Corto Maltese. A amizade foi o laço que Hugo Pratt mais cultivou.
p. 287-288
4 comentários:
Mais não fora, só a elegância sucinta do seu traço bastaria para definir uma estética mental, que nestes excertos de entrevista também se adivinha.
Uma boa semana.
Gostei imenso do livro.
Boa semana!
Habitar uma casa "forrada" a livros ou viver no interior de uma Biblioteca como refere Hugo Pratt na entrevista é de uma profunda beleza, porque os livros são amigos para a vida e mesmo quando somos obrigados a nos separar deles, a sua memória acompanha-nos para sempre.
Gostei do que li:-)
Bom dia!
Podia ter tirado citações sem fim deste livro. Se o quiser ler...
Boa tarde!
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