Berthe Morisot - Em Inglaterra (Eugène Manet na Ilha de Wight), 1875
Para lá da janela, a pintora deve-se ter autorretratado e pintado a filha Jeanne Manet.
Figura maior do impressionismo, Berthe Morisot é ainda hoje menos conhecida que os seus amigos Monet, Degas ou Renoir. Ela foi, todavia, no seu tempo reconhecida como uma das artistas mais inovadoras do grupo.
A exposição, que abriu ontem no Museu d'Orsay e pode ser vista até 22 de setembro, traça o percurso de uma pintora que, ao invés dos costumes do seu tempo e do meio em que nasceu, se tornou uma figura essencial das vanguardas parisienses, desde finais dos anos de 1860 até á sua morte em 1895.
Berthe Morisot explorou temas da vida moderna, como a intimidade da vida burguesa, o gosto pelas viagens e pelos jardins, a importância da moda, o trabalho doméstico feminino, esboroando as fronteiras entre interior/exterior, privado/público, etc. Para ela a pintura devia esforçar-se por «fixar algo do que se passa». Assuntos modernos e rapidez de execução têm a ver com o tempo da representação, e a artista confronta-se com o efémero e a passagem do tempo. Os seus últimos trabalhos, caracterizados por uma expressividade e musicalidade novas, convidam a um diálogo, muitas vezes melancólico, entre as relações da arte e da vida.
4 comentários:
Esta exposição deve ser muito interessante. Bom dia!
Pois deve. Pena ser tão longe. :(
Boa tarde!
Otro claro ejemplo de la rémora que supone en ocasiones ser mujer.
Boa noite.
A Berthe Morisot até foi apoiada pela família e ainda conseguiu exercer o seu ofício. E estava rodeada por um grupo de pintores que também eram seus amigos.
Mas se fosse homem claro que teria tido a vida mais facilitada e um maior reconhecimento em vida. A filha para que o Louvre aceitasse um quadro da mãe teve de oferecer em conjunto um quadro do tio Manet. Hoje devem estar arrependidíssimos de não ter aceitado mais quadros da Berthe Morisot. :)
Boa tarde!
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