O passado é algo que nos assombra ou não.
Que pode permanecer fechado dentro de caixas ou simplesmente ser visto à luz do dia.
A luz do dia varia muito. Mas o tempo físico, esse mede-se sempre por anos, horas, minutos e segundos.
Em 1961, Portugal levou a cabo uma Guerra Colonial que só terminou em 1974/75.
Em 2021, 60 anos depois desse início, isto foi o que nos deixaram dentro de caixas.
Postais, filmes, conversas, silêncios, cartas ou fotografias.
Este é o legado de quem viveu a Guerra Colonial Portuguesa. Este foi o legado que herdamos.
Cada um de nós fez desse legado o que quis.
Cada um de nós trouxe-o para luz do dia, utilizando mais ou menos luz.
Isto não é um trabalho a 4 mãos.
Isto como cada um de nós geriu aquilo que os nossos pais nos deixaram. Nós, os filhos da Guerra Colonial.
Nuno Nunes Ferreira
Ana Vidigal
Ana Vidigal - A had a farm war near Africa...
Nuno Nunes Ferreira - Território, 2015
Esta exposição de Ana Vidigal e Nuno Nunes Ferreira tem lugar no ano em que se assinalam os 60 anos do início da Guerra Colonial. Ela parte de dois arquivos pessoais, «duas heranças de dois artistas cujos pais tomaram parte nesse momento traumático da história, que colocou Portugal num conflito armado com outros países, então suas colónias».
Gosto muito das obras de Ana Vidigal e não me lembro de ter anteriormente visto algo de Nuno Nunes-Ferreira - mea culpa.
Gostei de tidas as expos que se podem ver no MNAC até 26 de setembro.
9 comentários:
Não a veri no local, mas gosto muitissimo da tua exposição.
Abraço
Também achei interessante. Bom dia!
Como vai estar aberta até setembro, pode ser que eu volte lá.
Boa tarde para as duas.
Faço minhas as palavras da Luisa. Engraçado o trocadilho com a Karen Blixen, engraçado no sentido de imaginativo...
Não conheço este museu, apenas o da Gulbenkian. Foi lá que descobri (para nunca mais esquecer) a Vieira da Silva.
Boa tarde!
🌄
Unha reivindicación da memoria que é o último que debería perder o ser humano. Non seríamos nada señor ela..... mais cantas veces o olvidamos.
Apertas.
... sen ela... ( custoume, pero xa non odio o corrector...
A falta de memória traz grandes estragos, como estamos a presenciar.
Bom dia!
Gostei das três exposições.
Boa tarde!
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