Lisboa: Zigurate. 2024
Não era para comprar este livro, mas resolvi fazê-lo no sábado e na verdade passei um belo fim de semana a lê-lo.
Fiquei a saber como ele se pronunciou desde cedo, em discursos e artigos, contra a «terceira via», na linha de Mário Soares. Sabemos os resultados desastrosos que essa «terceira via» teve.
As propostas que ele defende hoje para a Economia são uma linha programática que ele tem vindo a aprofundar, desde há muitos anos.
Não sabia que ele gostaria de ter sido ministro da Economia, mas ainda bem que foi das Infra-Estruturas, apesar de se dizer então que era um presente envenenado já por causa da TAP. Ao contrário do que dizem, graças a ele pode ser que venhamos a ter uma linha ferroviária, parte da qual foi desativada e destruída, e que se encontra agora em obra. Só quem nunca esteve ligado a um projeto de construção não sabe quanto tempo demora até o vermos de pé: estudos, abertura de concursos, etc. E ainda por cima com uma pandemia pelo meio e falta de trabalhadores na construção civil.
PNS manifestou-se contra o apoio do PS à recandidatura de Marcelo, porque ela «era possível de provocar "instabilidade"» (p. 108). Parece que tinha razão.
Marcador.
3 comentários:
de HMJ para ME:
Continuo na minha guerra. O título popularucho não me convida à leitura. Na política nem tudo serve, sobretudo, perante a enome campanha de degradação da política e dos polítcos.
Que abuso de reduzirem a referência a ALGUNS políticos ao grau zero da escrita !
Ainda julgam que é inocente.
Li o livro, mas só comprei este do trio que está disponível nas livrarias. Os outros dois não entram cá em casa.
Para além do livro, e por declarações que ouvi de Pedro Nuno Santos, há um aspeto que me agrada nele: conhece bem os problemas da administração pública (e aqui incluo todos os que são pagos pelos nossos impostos), que tinha tantas "gorduras" que, em 2015, ficou escanzelada de todo. E sei bem o que digo. Sem uma administração pública qualificada não há país que sobreviva quanto mais que avance.
HMJ,
Não é que me agrade chamar pessoas que não conheço pelo nome próprio, ou mesmo não me costumo referir a pessoas que conheço pelo nome próprio quando falo com amigos que as não conhecem.
Mas também já tivemos um Marcelo e agora temos outro. E em ambos os casos por acaso referia-me ao ditador e refiro-me ao atual PR pelo nome próprio. Quanto me refiro a PNS trato-o pelo nome completo. Nem o conheço.
Mas o livro é bom.
Miss Tolstoi,
Não me interessa como funcionam as cabeças dos outros dois. De um então...
Ouvi, parece-me que um discurso de PNS, em que fiquei contente por ele fazer um diagnóstico bastante acertado das carências na administração pública.
Também eu sei como ela funciona e não são apenas os médicos a fazer horas extraordinárias, só que as dos funcionários públicos nem sequer são pagas. Nem a maioria dos lugares que deviam ser ocupados por chefes de Divisão ou diretores de Serviço passaram a ser, com as «poupanças», exercidos por funcionários sem qualquer compensação monetária adicional.
Formar um bom funcionário demora algum tempo.
Bom dia para as duas.
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