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sexta-feira, 3 de maio de 2024

Lembrando os mortos no Tarrafal

Dadas as comemorações dos 50 anos do encerramento do campo de concentração do Tarrafal, lembro aqui os 36 mortos neste campo, 32 dos quais oriundos de Portugal. Os caixões com os restos mortais de 31 destes mortos no «campo da morte lenta» chegaram a Lisboa em 15 fev. 1978.


Estiveram em câmara ardente na Sociedade Nacional de Belas Artes de onde saíram a 18 de fevereiro para o Alto de São João. Pode ver aqui.

6 comentários:

Mª Luisa disse...

Terrível os campos de concentração.Se pensas e pensas, semelha impossível que façamos estas barbaridades...E seguimos.
Um abraço.

Maria disse...

Lembro-me que foi nessa altura que li sobre as tristemente famosas frigideiras, e fiquei horrorizada.
A crueldade dos homens não tem limites... e tudo continua por esse mundo fora, infelizmente.
Bom dia.

MR disse...

É verdade! Não é para desculpar - a barbárie não tem perdão - mas eram ditaduras; as ditaduras só sobrevivem com repressão e censura. Agora que países com regimes democráticos atuem como vemos...
Bom dia para as duas.

MR disse...

Maria,
Veja a última «Grande entrevista» do Vítor Gonçalves.
Bom dia!

bea disse...

Foi quando uma amiga as visitou que soube da existência das frigideiras. Não consigo entender o que faz de um homem uma besta capaz de infligir tamanho sofrimento aos seus semelhantes. Chamamos-lhes bestas, mas são seres humanos, têm famílias normais, gostam de música ou outra arte e alguns até lêem poesia. Nunca entenderei isto. A banalidade do mal não explica tudo.

MR disse...

Também visitei o campo ainda com ervas até ao joelho (talvez em 2005), tendo como guia o senhor que tinha a chave e nos abriu a porta. Conforme andávamos ia relatando...
Fiquei agora a saber, por um programa que passou provavelmente na RTP sobre o campo que as «frigideiras», que aqueles cubículos passaram a ser chamados de «holandinhas» dado irem para lá muitos cabo-verdianos que queriam emigrar para a Holanda.
O problema é quando vemos o mal como coisa banal. Todos os dias nos entram pela casa dentro situações aberrantes.
Bom fim de semana!