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terça-feira, 29 de julho de 2025

Maria José Palla (1943 - 2025)


A Maria José Palla que faleceu no passado domingo, três dias antes de completar os 82 anos, é dedicada a nossa última vinheta de Julho. Para além das suas fotografias, Palla deixou-nos um vasto trabalho de investigação sobre Gil Vicente, o teatro do século XVI e a pintura portuguesa renascentista.

6 comentários:

Fernando FIRMINO disse...

Não esqueceremos nunca a particular importância do "perfil" biobibliográfico de MARIA JOSÉ PALLA e Carmo, e a própria dimensão interdisciplinar do seu precioso legado cultural, de carácter docente, pedagógico, ensaístico, fotográfico e, acima de tudo, humanístico... Honra à sua memória!

MR disse...

Principalmente os estudos sobre Gil Vicente.
Bom dia!

MR disse...

A Maria José Palla vai ser cremada hoje às 13h00 no Alto de São João, dia em que faria 82 anos.

Fernando FIRMINO disse...

Ainda a propósito da natural (e, no fundo, respeitável) opção de um certo número de pessoas pela cremação, não resisto a uma (muito) oportuna referência bibliográfica, algo esquecida!

Falamos de um curioso volume, da autoria de Felícia COSTA, sob o título "Fogo e Imortalidade", editado, há quase três décadas (1997), pela Divisão de Gestão Cemiterial da Câmara de Lisboa, onde a Autora (n. 1958), historiadora de formação, trabalhava, à época, "num projecto de implementação da Cremação em Portugal"...

Visivelmente influenciada por investigadores (na matéria) de renome, entre os quais Philippe ARIÈS - os seus livros "O Homem perante a Morte" e "Sobre a História da Morte no Ocidente desde a Idade Média" merecem melhor divulgação! -, Felícia COSTA reconhece, no entanto, uma certa resistência, por parte de muitos "opositores" ao "Crematorium":

"(...) a incineração com a consequente dispersão das cinzas é [muitas vezes] entendida como uma forma radical e niilista de fazer desaparecer o corpo, impossibilitando a ilusão de permanência tão necessária para a prossecução da conquista de imortalidade./ Neste quadro não é de estranhar que, durante os onze anos de funcionamento do crematório do Alto de S. João, a taxa de adesão se mantenha em níveis muito baixos, que se tornam ainda mais reveladores se tivermos em atenção que, praticamente, [em 1997] um terço dos cremados são de nacionalidade estrangeira ou etnia hindu, faixas de população onde a cremação se constitui como prática corrente ou está associada à crença metafísica da mediação do ciclo evolutivo de aperfeiçoamento." (Felícia COSTA, op. cit., pp. 83-84.)

Enfim, "mudam-se os tempos"...

Para além (e acima) de tudo o mais, o que importa é perpetuar a memória de uma admirável Figura que, fisicamente, nos deixou. Honra a MARIA JOSÉ PALLA e Carmo!

MR disse...

Eu também quero ser cremada por uma questão prática. Não quero ocupar espaço num cemitério nem deixar chatices a quem cá fica.
Boa tarde!

ana disse...

Uma boa escolha!
Boa noite, Filipe!