Raiz ou flor assim eram palavras
de tuas mãos abrindo como trigo
A madura semente mas estéril
por força dessa voz que vem de longe
E cada vez mais fundas se raízes
E cada vez mais belas se eram flores
Na sombras desse dia que te espero
o mar talhou as grutas onde o eco
das palavras que grito se perdeu
Porque as palavras não geraram gestos
Porque as sementes não geraram frutos
António de Almeida Mattos
(1944 - )
7 comentários:
Não conheço este poeta. Vou procurá-lo para ler mais alguma coisa.
M.
Obrigada,
M.
Também não conheço. Gostei do poema é muito bonito.
Um poema por uma "The Rose"
http://br.youtube.com/watch?v=HxDXq9I3MvM
A.R.
Voltei para trocar o poema por uma rosa em francês, embora seja triste a canção é bonita.
"Mon amie la Rose"
http://www.youtube.com/watch?v=65-IR41ZFIU&feature=related
A.R.
Já há algum tempo que não ouvia esta canção da Françoise Hardy. As rosas vídeo são lindas.
MON AMIE LA ROSE
On est bien peu de chose
Et mon amie la rose
Me l'a dit ce matin
A l'aurore je suis née
Baptisée de rosée
Je me suis épanouie
Heureuse et amoureuse
Aux rayons du soleil
Me suis fermée la nuit
Me suis réveillée vieille
Pourtant j'étais très belle
Oui j'étais la plus belle
Des fleurs de ton jardin
Tu m'admirais hier
Et je serai poussière
Pour toujours demain
On est bien peu de chose
Et mon amie la rose
Est morte ce matin
La lune cette nuit
A veillé mon amie
Moi en rêve j'ai vu
Eblouissante et nue
Son âme qui dansait
Bien au-delà des nues
Et qui me souriait
Crois celui qui peut croire
Moi, j'ai besoin d'espoir
Sinon je ne suis rien
Ou bien si peu de chose
C'est mon amie la rose
Qui l'a dit hier matin
Há sempre um poeta que não conhecemos, e que passamos a querer conhecer. É este o caso.
Lá procurei e encontrei uns livros de António Almeida Matos. Li alguns poemas e gostei deste, entre outros:
Insisto ainda no sopro de ternura
tão feita dos contornos do teu corpo
como perder-te de novo fosse orfeu
e em novos cantos assim te descobrisse
In: O quinto elemento. Lisboa: Caminho, 1987
M.
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