Prosimetron

Prosimetron

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Os meus poemas -21

Raiz ou flor assim eram palavras
de tuas mãos abrindo como trigo
A madura semente mas estéril
por força dessa voz que vem de longe

E cada vez mais fundas se raízes
E cada vez mais belas se eram flores

Na sombras desse dia que te espero
o mar talhou as grutas onde o eco
das palavras que grito se perdeu

Porque as palavras não geraram gestos
Porque as sementes não geraram frutos

António de Almeida Mattos
(1944 - )

7 comentários:

Anónimo disse...

Não conheço este poeta. Vou procurá-lo para ler mais alguma coisa.
M.

Anónimo disse...

Obrigada,
M.

Anónimo disse...

Também não conheço. Gostei do poema é muito bonito.

Um poema por uma "The Rose"
http://br.youtube.com/watch?v=HxDXq9I3MvM
A.R.

Anónimo disse...

Voltei para trocar o poema por uma rosa em francês, embora seja triste a canção é bonita.

"Mon amie la Rose"
http://www.youtube.com/watch?v=65-IR41ZFIU&feature=related
A.R.

Miss Tolstoi disse...

Já há algum tempo que não ouvia esta canção da Françoise Hardy. As rosas vídeo são lindas.

MON AMIE LA ROSE

On est bien peu de chose
Et mon amie la rose
Me l'a dit ce matin
A l'aurore je suis née
Baptisée de rosée
Je me suis épanouie
Heureuse et amoureuse
Aux rayons du soleil
Me suis fermée la nuit
Me suis réveillée vieille

Pourtant j'étais très belle
Oui j'étais la plus belle
Des fleurs de ton jardin

Tu m'admirais hier
Et je serai poussière
Pour toujours demain

On est bien peu de chose
Et mon amie la rose
Est morte ce matin
La lune cette nuit
A veillé mon amie
Moi en rêve j'ai vu
Eblouissante et nue
Son âme qui dansait
Bien au-delà des nues
Et qui me souriait

Crois celui qui peut croire
Moi, j'ai besoin d'espoir
Sinon je ne suis rien

Ou bien si peu de chose
C'est mon amie la rose
Qui l'a dit hier matin

LUIS BARATA disse...

Há sempre um poeta que não conhecemos, e que passamos a querer conhecer. É este o caso.

Anónimo disse...

Lá procurei e encontrei uns livros de António Almeida Matos. Li alguns poemas e gostei deste, entre outros:

Insisto ainda no sopro de ternura
tão feita dos contornos do teu corpo
como perder-te de novo fosse orfeu
e em novos cantos assim te descobrisse

In: O quinto elemento. Lisboa: Caminho, 1987

M.