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terça-feira, 9 de junho de 2009

60 anos de uma nação: 1970

A crónica deste ano é dedicada a um único acontecimento em homenagem a Willy Brandt.
O chanceler visita a Polónia em Dezembro de 1970 por ocasião da assinatura do Tratado de Varsóvia. O documento determina a inviolabilidade da linha geográfica dos rios Oder e Neisse como “fronteira ocidental da República Popular da Polónia”. A Alemanha Ocidental e a Polónia renunciam a exigências territoriais antigas – um passo decisivo na normalização de um relacionamento entre ambos os estados, marcado pela agressão alemã durante a Segunda Guerra Mundial em território polaco.

Todavia, este acordo, já em si de importância histórica, viria a tornar-se emblemático por um acontecimento inesperado: diante do monumento em honra às vítimas do Ghetto de Varsóvia, Willy Brandt ajoelha-se espontaneamente durante alguns segundos. A atitude comovente é captada numa imagem que entra na História.
Brandt declara ao semanário Der Spiegel: “Em nome do nosso povo, quis expiar um crime que atingiu milhões, cometido em nome alemão que, por sua vez, foi abusivamente utilizado para este fim. Há que actuar assim, se quisermos começar de novo e excluir uma repetição dos horrores do passado.”

Nem todos os alemães estão de acordo: 48 % dos alemães, inquiridos numa sondagem, consideram este gesto exagerado.
A comunidade internacional viria a reconhecer a atitude de Willy Brandt um ano mais tarde.

2 comentários:

Anónimo disse...

Excelente escolha!
A.R.

Anónimo disse...

Foi em 1971 que foi atribuído o Nobel da Paz a Willy Brandt?
Amanhã saberemos...
M.