“O tambor”, uma adaptação cinematográfica do livro homónimo “Die Blechtrommel” do Prémio Nobel da Literatura Günter Grass, convence público e crítica. Volker Schlöndorff, realizador e autor do argumento do filme, convida um elenco que, na época, reunia os actores mais brilhantes do cinema alemão, entre eles, Mario Adorf. A narrativa à volta de Oskar Matzerath decorre durante o regime de Hitler: o protagonista de 3 anos, extraordinariamente interpretado por David Bennent de 12 anos, recusa-se a crescer em protesto contra o mundo dos adultos que se revela confuso no meio familiar e desastroso num ambiente político generalizado na Alemanha dos anos 30.
Esta alegoria intensa de uma revolta, aparentemente infantil, contra o caminho que a Alemanha segue rumo a uma ditadura horrenda sem precedentes, é internacionalmente reconhecida: o Festival de Cannes consagra a película com a Palma de Ouro. Um ano depois, é premiada com o Óscar para melhor filme estrangeiro.
Esta alegoria intensa de uma revolta, aparentemente infantil, contra o caminho que a Alemanha segue rumo a uma ditadura horrenda sem precedentes, é internacionalmente reconhecida: o Festival de Cannes consagra a película com a Palma de Ouro. Um ano depois, é premiada com o Óscar para melhor filme estrangeiro.
A série americana “Holocaust” gera um debate público sobre o capítulo mais negro da História Alemã: cerca de 40% dos telespectadores acompanham em quatro episódios o destino trágico da família judia Weiss durante o regime nazi. Algumas vozes críticas receiam que a exibição da série trivialize o sofrimento indescritível dos judeus, ao corresponder aos padrões das produções correntes de Hollywood. "Holocaust" é, por isso exibido apenas nos terceiros canais de TV (nota: o primeiro e o segundo canal têm cobertura nacional, os terceiros restringem-se a uma cobertura estadual, ou seja, cada Estado da RFA tem um canal de televisão próprio).
Ainda assim, gera-se um sentimento geral de desolação, nunca vivido até à data. A série contribui para um confronto crítico com os acontecimentos entre 1933 e 1945. Talk-shows e documentários sobre esse período contam com uma participação intensa por parte do público televisivo. A série é repetida no primeiro canal alemão três anos depois. A palavra “Holocaust”, praticamente desconhecida até então, passa a simbolizar o extermínio dos judeus na consciência geral.
Ainda assim, gera-se um sentimento geral de desolação, nunca vivido até à data. A série contribui para um confronto crítico com os acontecimentos entre 1933 e 1945. Talk-shows e documentários sobre esse período contam com uma participação intensa por parte do público televisivo. A série é repetida no primeiro canal alemão três anos depois. A palavra “Holocaust”, praticamente desconhecida até então, passa a simbolizar o extermínio dos judeus na consciência geral.
Imagens: David Bennent (Die Blechtrommel); David Bennent, Günter Grass e Volker Schlöndorff; Meryl Streep (Holocaust)
3 comentários:
Adorei este post sobre a mentalização de um período da História.
As fotografias que utilizou são fantásticas!
A.R.
Gostei bastante do filme O Tambor quando o vi; devia revê-lo.
A série Holocausto foi uma das melhores que passou na televisão e, se me não engano, deu a conhecer a actriz Meryl Streep.
M.
Voltei com mais tempo só para lhe dizer que também adorei o Tambor e o Holocausto que mostrou a fibra de Meryl Streep.
A.R.
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