Ainda das memórias de Fernanda de Castro :
" (...) Não foram os comprimidos que a mataram, foi a solidão! É preciso dizer que, nessa altura, ela e o Bernardo já estavam separados há imenso tempo e que o Fred Kradolfer e o Zé Gomes Ferreira também já se tinham mudado e que, portanto, ela agora vivia sozinha. As suas únicas companhias, fora as visitas que já não eram muitas, era uma criadita, a Maria, que entrava de manhã e saía à tarde, e o seu gato, que nunca a abandonava e que, estranhamente, estava enroscado a seus pés quando a encontraram inanimada na manhã da sua morte. Soube-se mais tarde que ela sempre tivera a mania do suicídio e que fizera a primeira tentativa aos 14 anos! Não teve pois nada que ver com o Bernardo o suicídio da Ofélia, assim como não teve nada que ver com Ofélia o suicídio do Bernardo, ocorrido algum tempo depois e com o qual algumas pessoas sensacionalistas tentaram estabelecer ligação. "
E por aqui me fico sobre Ofélia Marques, uma vez que a nossa M.R. já anunciou que se lhe irá dedicar brevemente.
6 comentários:
O Luís está à vontade para continuar sobre a Ofélia Marques. Não faltam ilustradores...
Gostei.
Este desenho é um auto-retrato de Ofélia Marques.
A das 23:06 fui eu, M.
A Ofélia é sua! :) Já basta ter-lhe "roubado" um Vermeer! Aliás, que achou de ter um gosto em comum com o Tio Adolf? Eu também ficava arrepiado....
A imagem é realmente um pormenor de um auto-retrato de Ofélia Marques que está no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian.
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