Tinha quarenta e cinco ...e eu, dezasseis...
Na minha fronte, indómitos anéis
vinham da infância, saltitando ainda.
Contavam dela: - Já falou a reis!
Tinha quarenta e cinco..., e eu, dezasseis...
Formosa? Não. Mais que formosa: Linda
Seu olhar diz: Seja o que o Amor quiser,
a verde planta que os meus dedos tomem!
Pela última vez foste mulher...
E eu, pela primeira, fui homem!
Pedro Homem de Melo (Grande, Grande Era a Cidade)
Pedro Homem de Melo, in Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica (Selecção, prefácio e notas de Natália Correia), Lisboa: Antígona, 2008 (5ª edição), p. 392
1 comentário:
Parabéns pelo blog, procurava dados sobre este poema que acabei por gravar
http://www.youtube.com/watch?v=rfxi3y1XMdQ
e vim cá ter.
Um abraço
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