"When the moon's kinda dreamy Starry eyed and dreamy And nights are luscious and long If you're kinda lonely Then nothin' but the blues are brewin' The blues are brewin"
Não pude estar lá, confesso. Poupa-nos imensas lágrimas, virtuais ou nem por isso, o tempo que não vivemos.
À distância, contudo, aflige-me a cadeira onde morria um sorriso que já só no chão se fazia voz - um modo de perder apenas compreendido pela outra (?) voz de Lester.
O mais, admito, pouco me interessa. Dispensava até o inflamado frémito de Roy Eldrige, sujando a elegia de que era, afinal, mero figurante.
À sombra de uma cadeira, a morte; nestes versos, insonoros, o não saber morrê-la.
Manuel de Freitas In: Jukebox 1 & 2. Vila Real: TVR, 2009, p. 9
3 comentários:
Mas que dupla para este fim de tarde. Ainda tenho muito trabalho pela frente. Obrigada.
"When the moon's kinda dreamy
Starry eyed and dreamy
And nights are luscious and long
If you're kinda lonely
Then nothin' but the blues are brewin'
The blues are brewin"
Não podia haver melhor céu. Adoro esta dupla.
Ando há uns dias para colocar este poema:
1957, BILLIE HOLIDAY
Não pude estar lá, confesso.
Poupa-nos imensas lágrimas,
virtuais ou nem por isso,
o tempo que não vivemos.
À distância, contudo, aflige-me
a cadeira onde morria
um sorriso que já só no chão
se fazia voz - um modo
de perder apenas compreendido
pela outra (?) voz de Lester.
O mais, admito, pouco
me interessa. Dispensava até
o inflamado frémito de Roy
Eldrige, sujando a elegia
de que era, afinal, mero figurante.
À sombra de uma cadeira,
a morte; nestes versos,
insonoros, o não saber morrê-la.
Manuel de Freitas
In: Jukebox 1 & 2. Vila Real: TVR, 2009, p. 9
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