«A duração das obras é a sua capacidade de ser útil.
«Por isso é descontínua. Houve séculos em que Virgílio não serviu para nada.
«Porém tudo o que existiu e não pereceu tem amplas possibilidades de sobreviver. Experimenta-se assim a necessidade de um exemplo, dum argumento, um precedente ou um pretexto.
«E é quando um livro morto se agita e volta a falar.»
Paul Valéry
In: Apontamentos. Arte, literatura, política & outros. Lisboa: Pergaminho, 1994
«Por isso é descontínua. Houve séculos em que Virgílio não serviu para nada.
«Porém tudo o que existiu e não pereceu tem amplas possibilidades de sobreviver. Experimenta-se assim a necessidade de um exemplo, dum argumento, um precedente ou um pretexto.
«E é quando um livro morto se agita e volta a falar.»
Paul Valéry
In: Apontamentos. Arte, literatura, política & outros. Lisboa: Pergaminho, 1994
7 comentários:
Não conhecia este escrito de Paul Valéry.
T.
Um exemplo recente: "O Capital" de Marx, que voltou à ribalta há dois anos.
Ou Vivaldi que Mendelssohn re-descobriu.
MR continue!
Valery é um pensador "enorme".
Alberto Soares
Em tempo e fora do lugar,o poema de Char é "Les Trois soeurs"(não tive tempo de ver em que livro está
incluído)e acaba assim:
"Meurent les yeux singuliers
Et la parole qui découvre.
La plaie qui rampe au miroir
Est maîtresse des deux bouges.";
o quadro do G. de La Tour tem o título "Madeleine aux deux flammes" e está no Met. Mus. of Art
de N.Iorque. Uma reprodução de "Prisonnier" do mesmo pintor
acompanhou sempre R. Char no "maquis". Já agora informo-a que
a E.Pess.VI será,em princípio,sobre
o Char. Estou a ultimar a V,sobre o
Afonso Duarte. Cordialmente,
Alberto Soares
Obrigada pelas suas informações sobre René Char e George de la Tour. Andei a pesquisar e encontrei umas Madalenas deslumbrantes. Vou fazer um post.
Obrigada pelos seus comentários e fico à espera da E. Pess. VI (é uma revista?) que, espero venha a sair, sobre Char.
Não. São as "A.S.:Escolhas Pessoais" que JAD tem a mabilidade
de postar.
A.S.
A.S.,
Distracção minha.
Fico então a aguardar o Afonso Duarte e o René Char e espero, em relação a este último, não ter publicado nada da sua escolha pessoal.
Obrigada mais uma vez.
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