Prosimetron

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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

De Cioran - 1

Plus encore que dans le poème, c' est dans l' aphorisme que le mot est dieu.

Penso não ser surpresa para ninguém que gosto bastante de aforismos, tanto dos que nos falam desde a Antiguidade como dos do século passado. Entre estes últimos, há para mim um autor incontornável : Emil Cioran. No entanto, "tomo-o" em doses homeopáticas para evitar os perigos advenientes de escrita tão negra. Comprei recentemente Ébauches de vertige,um pequeno volume de 2003 que reproduz uma parte de Écartèlement ( 1979 ), ambos publicados pela Gallimard. Fiz uma selecção de alguns menos insuportáveis para o Prosimetron.São reflexões sobre a vida, a morte, a natureza humana e a arte- ou seja, tudo o que realmente importa.

" Au marché, deux vieilles s' entretiennent gravement. Au moment de se séparer, l' une d' elles , la plus detériorée, conclut: « Pour être tranquille, il faut rester dans la normale de la vie.» C' est, au langage prés, ce que professait Épictète. "

- Emil Cioran, Ébauches de vertige, Gallimard, 2003, p.12.


2 comentários:

Anónimo disse...

Niilista e provocador ("Je n'ai jamais prononcé ou écrit le mot
solitude,sans ressentir de la volupté."),Cioran é um dos meus autores de cabeceira. Ajuda-me a situar-me,as mais das vezes,por oposição ("J'aime me contredire jusqu'a la demence;non,il ne s'agit pas d'un gout,mais d'une fatalite´:je ne puis faire autrement"). Torrencial com algo de visionário e místico,é,para mim,
um dos autores "obrigatórios" do sec.XX. Fêz muito bem lembrá-lo.
Obrigado.
Alberto Soares

ana disse...

Não conhecia e gostei.
Ana