Teixeira de Pascoaes em Amarante, não consegui saber o nome do escultor se alguém souber agradeço, desde já, a informação.
"Amarante
4 de Junho de 1924
Querido Poeta:
Não tem nada que me agradecer. Eu é qe lhe agradeço as suas palavras que vêm povoar a minha solidão. Trazem-me qualquer cousa da sua presença. Bem haja!
Se soubesse que já possuía o sempre, tinha-lhe enviado outro livro meu: As sombras, o Verbo Escuro, etc… Mas quando vier a esta sua casa (é pena ser tão tarde e por tão pouco tempo) levará consigo mais alguns livros meus. Se assim o desejar. Carinho que lhes dedica é a minha maior satisfação. (...)
4 de Junho de 1924
Querido Poeta:
Não tem nada que me agradecer. Eu é qe lhe agradeço as suas palavras que vêm povoar a minha solidão. Trazem-me qualquer cousa da sua presença. Bem haja!
Se soubesse que já possuía o sempre, tinha-lhe enviado outro livro meu: As sombras, o Verbo Escuro, etc… Mas quando vier a esta sua casa (é pena ser tão tarde e por tão pouco tempo) levará consigo mais alguns livros meus. Se assim o desejar. Carinho que lhes dedica é a minha maior satisfação. (...)
Escrevo-lhe, cá fora, numa mesa de pedra a ouvir cantar a minha fonte. Uma tarde lindíssima doirando a imensa verdura da paisagem! Que pena não poder estar aqui! Sinto a falta da sua companhia. Sinto a falta de alguém que me saiba falar e a quem eu saiba falar - alguém que seja uma realidade ao pé de mim. As pessoas de família não as distingo do meu ser, não destroem, portanto a solidão em que vivo. Os poetas nasceram para os poetas. (...)
Abraço-o com a maior amizade"
Abraço-o com a maior amizade"
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Uma Amizade, Cartas de Pascoaes a Anrique Paço D’Arcos, Lisboa: Vega, 1993, (1ª edição), (Selecção e pref. Maria do Carmo Paço D’Arcos), p. 16-17.
Uma Amizade, Cartas de Pascoaes a Anrique Paço D’Arcos, Lisboa: Vega, 1993, (1ª edição), (Selecção e pref. Maria do Carmo Paço D’Arcos), p. 16-17.
3 comentários:
O escultor é: António Duarte (1912-1998).
J.
Obrigada.
Obrigada.
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