Apesar da sua decadência mais recente (já com outras mãos) e dos pecadilhos que sempre se podem encontrar, a série Alix é um exemplo do que pode ser uma obra de ficção com fundo histórico. Credível, plausível, bem documentada, embora não necessariamente verídica (no sentido de que apenas pode ser desmentida, face ao conhecimento de factos passados, mas não quanto à abertura dos mesmos a esta realidade alternativa).
A capa acima é do segundo livro da série, para mim, talvez, o mais conseguido.
Conheci menos os outros universos de Jacques Martin, salvo um ou outro livro de uma dupla demasiado mimética de Alix & Enak, no caso Guy Lefranc & Jean-Jean. Estes pareceram-me claramente inferiores ao galo-romano em permanente crise identitária.
Tinha a série Alix defeitos? Claro, o primeiro livro mais do que lembrava Ben-Hur e o fascínio com o malvado Arbacès, morto e "ressuscitado" mais do que a mais exagerada credibilidade permitiria, isto só para mencionar os aspectos mais evidentes. Mas tudo se perdoava, como se costuma dizer, pelo bem que sabia ler cada livro novo que aparecia.
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Numa segunda nota, registe-se o desaparecimento, com a bonita idade de 94 anos, de Earl Wild, pianista norte-americano que, pelo menos para mim, ficará sempre marcado pela impetuosidade do 1.º andamento do 2.º Concerto de Rachmaninov
Como dizia JAD, há dias, tudo acaba.
2 comentários:
Gosto Rachmaninov. A peça que escolheu é muito bonita.
Da BD que focou não conheço, mas faz lembrar o Tintin... Talvez por estar ligada à escola franco-belga... não sei!
Fiqueitriste com as mortes em causa, especialmente a de J.Martin que iluminou a minha juventude.
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