Apesar do macabro nesta história é interessante recordar que nessa altura o povo começava a insurgir-se contra o castigo. Quando em 1846 foi morto em Lagos o último português, há muito que a população pedia o fim da pena de morte. A justificação para o desaparecimento desta pena tem origem no desenvolvimento que entre nós tiveram as ideias liberais herdadas da revolução de 1820 e da forte pressão da maçonaria nacional, que entendia ser a pena de morte atentatória da vida e da liberdade humana. Ainda a este propósito, o escritor Victor Hugo ao felicitar em 1876 Portugal por ter abolido a pena de morte afirmou estar o país a "dar o exemplo à Europa. A Europa imitará Portugal".
Desta forma também o Orçamento de Estado ficaria aliviado de uma verba uma vez que por ano o carrasco recebia 49. 200 réis pelos serviços prestados.
3 comentários:
Fez-me lembrar a "fazedora de anjos do Eça de Queirós no "Crime do Padre Amaro.
História incrível...
:)
É mesmoe tudo se passou em Coimbra, Ana! :)
:)
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