Prosimetron

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

As Mãos

Hoje ao ver este detalhe da belíssima escultura de Miguel Ângelo, David, lembrei-me deste poema.

Galleria dell'Accademia, Florença


As mãos

Que tristeza tão inútil essas mãos
que nem sequer são flores
que se dêem:
abertas são apenas abandono,
fechadas são pálpebras imensas
carregadas de sono

Eugénio de Andrade, Antologia breve, Porto: Fundação Eugénio de Andrade, 2005, p. 24

3 comentários:

Margarida Elias disse...

As mãos do David são lindíssimas. Eu gosto muito de Miguel Ângelo e quando estive no Louvre passei imenso tempo a admirar as esculturas dele. Quando estive em Florença não consegui ir à Galeria da Academia...

Joana disse...

Um detalhe magnífico. Também gosto muito de mãos. Há uma fotografia das mãos do Bob Dylan que é extraordinária, mas cujo fotógrafo de momento me escapa, pelo que não a encontro de momento.

Deixo-lhe, todavia, este link: http://fromme-toyou.tumblr.com/post/2797938831/statuesque


Jinhos.

ana disse...

Margarida,
O detalhe e o realismo colocado por Miguel Ângelo em cada superfície da escultura são fantásticos.
Bjs :)

JJ,
Muito obrigada pelo presente e pela visita!
Bjs :)