Prosimetron
domingo, 6 de março de 2011
Um homem queria livrar-se de um gato.
Levou-o até uma esquina distante, distante e voltou para casa.
Quando chegou a casa, o gato já lá estava
Levou-o novamente, agora para mais longe.
No regresso, encontrou o gato novamente em casa.
Fez isso, mais umas três vezes, e o gato voltava sempre para casa.
Furioso, pensou: “Vou lixar este gato!”
Pôs-lhe uma venda nos olhos, amarrou-o, meteu-o num saco opaco e colocou-o na mala do carro.
Subiu à serra mais distante, entrou e saiu de diversas estradinhas.
Deu mil voltas... e acabou por soltar o gato no meio do mato.
Passadas umas horas, o homem liga para casa pelo telemóvel...
– Tá, Maria, o gato já chegou?
– Sim...Já cá está
– Ainda bem, deixa-me falar com ele porque eu estou perdido.
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5 comentários:
Moral da história: não se deve fazer mal a um gato e muito menos abandoná-lo. :)
Lembrei-me de Poe e de uma certa história...
"O gato preto"! Começa assim: "Não espero nem vos solicito que acrediteis na extravagante, embora singularíssima narrativa, que vou passar ao papel. Louco seria eu, na verdade, se o esperasse, num caso em que até os meus sentidos repelem o seu próprio testemunho." O resto...
Esqueci-me deixar um grande :-) para a anedota.
Miss Tolstoi e Luís Barata, fui ler a "Antologia de Contos e Poemas" de Edgar Allan Poe (Lisboa, Vega, 2009) e não fiquei com grande vontade de voltar a ler. Mas obrigado pela dica.
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