S. Petersburg, Hermitage
Rembrandt, o regresso do filho pródigo, c.1669
Lucas tem servido de desculpa para muitos actos. Mas tem também muitas leituras. Quem ganhou, quem perdeu? Não conheço a sensação, nem de um lado nem do outro. Julgo que nunca se volta igual!
Wein, Kunsthistorisches Museum, Gemäldegalerie
Guercino, o regresso do filho pródigo, 1619
2 comentários:
Telas fabulosas!
E é verdade, embora sem experiência julgo que nunca se volta igual.
Rostos que nos fitam
Num quadro
De mãos acolhedoras,
De olhos zangados,
De reconciliações temidas.
Soube o que era voltar
À casa paterna
Mas os medos dominaram
A voz
A minha voz
E não subiu o pecado ao som
Triste da voz
Vi a acusação e os olhos acolhedores
As mãos que repeliam e o amor que guardavam
Voz sem som
Sem saber que colher daquelas mãos
Daquele olhar de pai
De mãe
De família que se ama
Apenas lágrimas de imagens
Mudas
Quentes
Ternas
Duras.
Era noite. E lá fora o frio era intenso.
Lisboa 29-01-2012
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