Prosimetron

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quinta-feira, 29 de março de 2012

Em geminação com A Casa Improvável


A Bordo
Claro que é parecido este pequeno
retrato dele, a lápis.
Feito num momento, no convés do barco,
numa tarde encantadora.
O mar da Jónia a rodear-nos.
Parece-se com ele. Não era ele mais belo?
Sensível era a ponto de sofrer -
o que seu rosto iluminava.
Mais belo me aparece, agora que,
fora do Tempo, eu o recordo n'alma.
Fora do Tempo. Tudo isto é muito antigo -
o desenho, e o navio, e o entardecer.
                                                   [1919]



2 comentários:

ana disse...

O poema é muito bonito!

c.a. (n.c.) disse...

Uau! Que diferença... Tenho de encontrar este livro. Muito obrigada, MR! :-)