Prosimetron
sábado, 9 de junho de 2012
Elefante
Elefante
(...)
Eis o meu pobre elefante
pronto para sair
à procura de amigos
num mundo enfastiado
que já não crê em bichos
e duvida das coisas.
Ei-lo, massa imponente
e frágil, que se abana
e move lentamente
a pele costurada
onde há flores
de pano e nuvens,
alusões a um mundo
mais poétio onde o amor
reagrupa as formas naturais
(...)
Carlos Drummond Andrade, Elefante declamado por Paulo Autran
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
tão verdadeiro...
tão actual...
ou melhor
INFELIZMENTE tão verdadeiro e tão actual!
Mas tão bonito!
É uma busca que não tem fim.
Beijinhos
Cláudia,
É verdade... mas é muito bonito!
Foi o comentário de um anónimo que me fez lembrar este poema por causa dos versos brancos.:)
Beijinho e bom Bairro dos Livros pois "ler é fixe". :)
Enviar um comentário