Lisboa: Planeta, 2012
€18,00
Estou a ler este primeiro romance de Alice Brito e estou a gostar. Passa-se em Setúbal entre os anos 10 e 70 do século passado.
Apenas um reparo: 'não havia necessidade' de tanto palavrão, embora a autora, através de Laura, o refira também: ««Há demasiado fascismo e palavrões nesta tua prosa.» Fascismo não digo porque era a época, mas palavrões... E eu não sou nenhuma santa neste campo, mas não acho que eles ajudem à narrativa. Exemplos: «a fotografia [...] dos dois regimes, o Estado Novo e o franquismo [...] sempre na expectativa de se foderem um ao outro» (p. 14); «e o raio que os parta a todos, fascistas de merda» (p. 19); e «que se fodesse a República e a monarquia» (p. 23).
A revisão também não primou pelo rigor, deixando escapar uma vírgula ou um plural mal colocados.
Sabem o que eram (são?) «bifes de cafeteira»? Eu não. Aqui vai. «Continuavam os pobres, e eram muitos, a comer bifes de cafeteira, ou seja, fatias de pão barradas de banha e café a acompanhar café de mistura com cevada, às vezes como única refeição durante um dia inteirinho.» (p. 19)
Acho que este livro ainda voltará a esta secção.
1 comentário:
Era bem interessante fazer o levantamento destas expressões, que são capazes de ser muitas. Estava-me a lembrar do "Whisky saloio", da minha juventude: Brandy (L34, Croft...) com Água Castelo e uma pedra de gelo.
Bom dia (apesar da chuva)!
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