Prosimetron

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quinta-feira, 14 de março de 2013

Poemas



Nunca percebi o 
silêncio obstinado das 
praias da marginal
pelas noites  de inverno, a 
indiferença das coisas em que
um dia fomos grandes.

Não exijo agora que te molhes,
- a água está tão fria - ou que me 
dês uma das tuas mãos. Gostava,
por uma vez, que este mar
sossegasse connosco dentro.

Rema, temos tempo. Ainda que seja sempre
tarde para irmos mais longe, podemos
seguir o balanço que nos separa.

- Frederico Pedreira, Primeiro Encontro, in Quinteto, Artefacto (ed.)

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