Roman garden painting, detail, first century A.D.
Casa del Bracciale d’Oro, Pompeii
XXX
Leva-me os olhos, gaivota,
e deixa-os cair lá longe naquela ilha sem rota...
Lá...
onde os cravos e os jasmins
nunca se repetem nos jardins...
Lá...
onde nunca a mesma aranha tece a mesma teia
na mesma escuridão das mesmas casas...
Lá...
onde toda a noite canta uma sereia
... e a lua tem asas...
Lá...
José Gomes Ferreira, "Areia" (1938) in Poesia II. Lisboa: Portugália, 1972, p. 42.
4 comentários:
Belíssimo poema, assim como o quadro.
Também quero ir para "Lá".
Bom dia!
Beijinhos.:))
Que lindo poema! JGF foi um excelente poeta.
Idem! Ibidem! :)
Cláudia,
Podemos ir sempre Lá... é uma questão de imaginarmos. :))
O detalhe do fresco é bonito, sim.
João Mattos e Silva,Luís e MR
Este velho livro de poesia tem uma seleção muito interessante de JGF. :)))))))
Beijinho para todos.
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