Prosimetron

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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Leituras no Metro - 139


Palácio da Justiça
Edifício onde funcionava a PJ francesa
Seria neste Caveau des Augustins (no Quai des Grands-Augustins, Paris) que Simenon instalou as Caves du Beaujolais, no seu romance Maigret e o «seu» morto (Lisboa: Bertrand, s.d.)?

«- Janvier… Põe o chapéu e corre aqui em frente, Cais dos Grands-Augustins… Há ali um pequeno café que se chama As Caves du Beaujolais. .. Perguntas se o tipo que acabou de telefonar ainda lá está…
«Ele pegou no auscultador.
«- Ligue-me às Caves du Beaujolais…
«Olhava ao mesmo tempo para a janela e, do outro lado do Sena, no local onde o Cais dos Grands-Augustins forma rampa para chegar à ponte Saint-Michel, podia distinguir a frontaria dum cafezito onde lhe sucedia entrar de vez em quando para beber um copo de vinho ao balcão. Lembrava-se que era preciso descer um degrau, que a sala era fresca, que o patrão usava um avental preto de taberneiro.» (p. 9)

«[Maigret] Sabia que ao sair não resistiria à tentação de ir beber um copo às Caves du Beaujolais. Primeiro porque, na verdade, gostava da atmosfera destes cafés pequenos, onde nunca se via ninguém e onde o patrão fala familiarmente com as pessoas. Também gostava de beaujolais, sobretudo se, como aqui, era servido em canecas de barro.» (p. 38)

3 comentários:

APS disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
APS disse...

Continuo a acompanhar, com o maior interesse...

MR disse...

Ainda bem. :)