Prosimetron
quarta-feira, 25 de junho de 2014
Citações
Causou aparente surpresa a afirmação, por parte do presidente do grupo de trabalho criado pelo Governo para combater a quebra de natalidade, que há empresas que obrigam " as mulheres a assinar declarações de que não engravidarão nos próximos cinco ou seis anos ".
Aqui ficam mais umas surpresas : há empresas que pagam quatro ou cinco centenas de euros a jovens licenciados; há empresas que, no final dos estágios, propõem a manutenção dos postos de trabalho desde que os jovens aceitem reduções de vencimento que compensem o fim dos subsídios do Estado; há empresas onde a jornada de trabalho começa antes das 9 e termina depois das 22; há empresas que aumentam as responsabilidades dos seus trabalhadores sem acrescentarem remuneração; há empresas em que os trabalhadores são obrigados a rodar entre empresas dos mesmos sócios para evitar passá-los aos quadros. Por fim : há empresários que ainda querem mais flexibilidade e governantes dispostos a concedê-la.
- João Garcia, no Expresso do passado Sábado.
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6 comentários:
Só pode causar surpresa a quem não vive neste país.
E é com estas «surpresas» que querem aumentar a natalidade?
Quando um Doutor (com doutoramento chamado de Estado, não o abreviado atual) recebe 750 € (porque na verdade não há orçamento para mais, a recibos verdes) o quer dizer que talvez leve para casa 470€ líquidos... Só para não falar de tantos outros... Realmente, só quem anda nas nuvens é que tem essas surpresas.
E, como soube recentemente por um caso familiar, não dão cópia das declarações que as senhoras assinam em como não vão engravidar. O que torna quase impossível a prova ...
Realmente estamos num país sem valores...
Apesar de "aparente surpresa", nem sequer devia ser escrito.
Bom dia a todos.
E n(algum?)as faculdades públicas há doutorados a dar aulas à borla; ou a receber metade do vencimento com horário completo.
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