Gostei muito da Mostra de Portugal e a Grande Guerra, mas a exposição acima assinalada encheu-me mais as medidas. Porquê?
Entramos num jardim. Por causa do espólio apresentado, as suas épocas e a forma como está conduzida a visita. No final pode ver-se em filme os Jardins de Queluz e o Parque de Monserrate.
Trouxe de lá os textos que também se podem ver neste site: (BNP)
«O primeiro núcleo intitula-se Primeiro havia um jardim... e pretende realçar o começo da Humanidade justamente num jardim: o Éden. Mas pretende também destacar os livros de maior divulgação: a Bíblia e as Metamorfoses de Ovídio, que se tornaram, assim, textos privilegiados para transmitir ideias e imagens de jardins e paisagens.
O segundo núcleo, Do útil para o belo, abrange os tratados de agricultura espanhóis, franceses e italianos com maior sucesso entre nós, que incluíam pequenos capítulos dedicados aos jardins, e através dos quais se iniciou em Portugal a divulgação daquela arte. Nele podemos encontrar algumas das edições oitocentistas dos tratados hispano-muçulmanos escritos durante a Idade Média e que foram decisivos para o desenvolvimento da arte dos jardins na Península Ibérica.
Segue-se o núcleo dedicado ao Jardim de Prazer, que começa com o Hypnerotomachia Poliphili, o sonho de Polifilo, o qual, na sua busca erótica, atravessa múltiplos jardins e paisagens. Neste conjunto incluem-se todos os tratados de arquitetura civil especialmente dedicados às casas de campo, assim como o paradigmático tratado de Dézallier d’Argenville sobre o jardim formal. Complementarmente incluíram-se as mitografias que proporcionavam aos artistas o conhecimento dos deuses – biografias, aparência, atributos – assim como os livros com desenhos de fontes e os tratados de engenharia hidráulica que permitiram divulgar os sistemas de jogos de água, em voga na Europa.
Por último, na relação que estabelecemos entre jardins e amor, o quarto núcleo O «locus amoenus» é o locus do amor remete para o jardim da Arcádia, tema recuperado pelo jardim inglês, dito de paisagem. A este jardim, mais bucólico, corresponde uma poética diferente, mais sentimental, por oposição à evocação do prazer associada ao jardim de estilo francês, nomeadamente às Fêtes de l’Île Enchantée. Este núcleo junta a Art of modern gardening de Thomas Whately com outros livros que divulgaram em Portugal o jardim à inglesa.»
6 comentários:
É pena não se poder fotografar, nem que seja só a escrita na parede ou o ambiente geral.
Boa noite.
COMO INVEJO AS TUAS CONSTANTES IDAS A LISBOA !....
Esta expo tem obras lindas.
Bom dia!
Estou como o João Menéres!
Deve ser uma belíssima exposição!
Boa tarde a todos :)
João,
Vou todos os meses à Católica, só se não puder profissionalmente por razões maiores.
Vale a pena esta visita.:))
MR,
Gostei muito.
Isabel,
Vai visitar quando fores a Lisboa. :))
Boa tarde a todos.:))
Isabel está patente até 31 de Julho.
Vale a pena!:))
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