Charlotte Johnson Wahl - Autorretrato, 1976
Um autorretrato da mãe do novo ministro dos Negócios Estrangeiros inglês. Sobre esta escolha , no mínimo insólita, Ferreira Fernandes escreveu ontem no DN: «Boris Johnson vai ser ministro dos Negócios Estrangeiros. Quando ouvi a notícia, julguei ser mais uma piada internacional sobre Durão Barroso. Aquele que ganhou o brexit à custa de não querer estrangeiros, ganhar aquele ministério - reparem na equação: sem Estrangeiros, resta Negócios - pareceu-me uma lição de franqueza ao nosso José Manuel. Ao menos o inglês diz logo ao que vem. Mas fui injusto, com o inglês, claro. O outro merece todas as suspeitas. De Boris Johnson não se lhe conhecem apetites de Tio Patinhas pelo ouro, não é um goldman, mas o seu novo posto não deixa de ser uma piada. Boris ser chefe da diplomacia britânica é um paradoxo como, sei lá, um tipo que recebeu 140 por cento de juros dum banco manhoso defender no Conselho de Estado sanções por Portugal derrapar nas finanças. De sublinhar, porém, que a contradição do inglês foi por motivos nobres. Há meses, estava a Turquia a perseguir um escritor alemão por difamar Recep Erdogan, Boris fez um poema em que gozava com os hábitos sexuais do presidente turco. O problema é que o episódio não é único e Boris faz gala duma linguagem rude e ofensiva.»
2 comentários:
Sublinhe-se a graça do auto-retrato. Quanto à crónica destaque-se a simpática parceria SLN/ex-PR e o barrosão ganacioso e despudorado. Deixemos o Boris de fora que, até ver, ainda não cometeu nenhum crime... E os ingleses têm todo o direito de escolher, como os portugueses foram soberanos em optar, há alguns anos atrás, por um manequim hirto, da rua dos Fanqueiros, para primeiro magistrado da nação. A cada povo, o direito de sua burrice. Cada um que as pague...
Um bocado mal comparado, é assim como os americanos: podem escolher quem quiser, só espero que não escolham o Trump.
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