Pietá Rondanini, mármore, 195cm, Castello Sforzesco, Milão.
(...) Até poucos dias da sua morte, Miguel Ângelo trabalhou noutra pietá, a chamada Pietá Rondanini. Ele tinha-a começado 12 anos antes e abandonado. Em 1563 volta a ela com um gesto inesperado : quebra o corpo de Cristo que havia esculpido para refazê-lo agora a partir do próprio corpo da mãe, em comovente fusão, a ponto de ser impossível dizer qual dos dois transporta o corpo do outro. O tom daquela pedra é humaníssimo, dolentíssimo, inexplicável. É o contrário da impassibilidade da primeira pietá. Mas não temos de escolher : uma e outra são maneiras possíveis de confessar a fé pascal.
- José Tolentino Mendonça, no Expresso.
1 comentário:
Impresionante también esta Piedad. Se parece a la vida que quiere salir de la piedra inanimada, como si se fuese despejando de lo que le sobra a golpe de cincel. Nada que ver con la otra Piedad, la única obra que firmó. Posiblemente su insatisfacción con el resultado fue la causa de que fuese demorando su finalización. Lo paradójico es que con el tiempo, eso mismo le ha dado valor y la ha hecho especial, al igual que la serie de los esclavos.
Boa semana
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