Greve em maio 68 diante da fábrica A.E.P., em Pierrefitte-sur-Seine
Quando começou a contestação estudantil em 1968, a mobilização operária já tinha começado em Pierrefitte. As faíscas desencadeadas pelo movimento estudantil deram uma amplitude impensável ao movimento operário. Pierrefitte tinha então cerca de 19 000 habitantes e duas fábricas importantes: ARMCO que fabrica tubos de aço e a fábrica de cartão Lincrusta-Nuyts. Os habitantes de Pierrefitte trabalham na fábrica Hotchkiss (veículos civis e militares), e nos Ateliers électriques pierrefittois (AEP), na tinturaria Fontanis, etc.
A questão do emprego era então central nos arredores de Paris, havendo naquela época 200 desempregados na terra, número que nos aprece hoje irrisório. O governo promovia uma política de descentralização industrial e encorajava financeiramente a deslocalização de fábricas para zonas menos industrializadas. Foi o caso de ARMCO em Pierrefitte que anunciou em 14 de março de 1968 que se ira estabelecer na região de Tours dentro de dois anos. Este clima levou a uma primeira manifestação pelo direito ao trabalho em Saint-Denis a 29 de março e depois no desfile do 1.º de Maio.
Em 13 de maio a greve geral levou a uma manifestação de um milhão de pessoas em Paris e 10 000 em Saint-Denis. Mais de 100 empresas e o funcionalismo público entraram em greve.
A partir de 18 de maio em Pierrefitte não há comboios nem camionetas até nova ordem.
Em 20 de maio, muitas fábricas foram ocupadas, os telefones, correios, escolas, etc., entram em greve. Havia então entre sete e dez milhões de grevistas em França.
É esta história e o seu fecho que se pode ver na exposição Mai 68 à Pierrefitte nos Arquivos Municipais.
Podem ver o documentário de Pierre Potel aqui:
https://www.cinearchives.org/Catalogue-d-exploitation-494-802-0-0.html
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