Prosimetron

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sábado, 17 de novembro de 2018

Nas mãos sinto a luz

Alexandre Vargas por Luís Manuel Gaspar, 1987

Nas mãos sinto a luz, a êxul luz
que vem das paliçadas da mansão,
a luz azul em clarificada zona então
aproxima de mim o seu facho de horizonte.

E logo eu a lembrar o querido monte
em que pousada estava sobracente a ramaria,
e logo eu então a pedir à maresia
que nos brilhos unos do futuro aproximasse

esse rumor de aves onde os raios enfeitasse
e eu oco no caminho que me guia
contivesse as minhas mágoas do passado,

e surgisse ali a minha alma em fogo-fátuo
estivesse eu em toda a dimensão do brusco
a nascer das folhas com a boca em luz arado.

Alexandre Vargas

6 comentários:

Mr. Vertigo disse...

A este poema iria juntar o tema "mindphase" do álbum "moondawn" de Klaus Schulze:-)
Bom fim-de-semana!

Mr. Vertigo disse...

Terminei de ler um texto no Ypslon sobre o poeta Alexandre Vargas. Irei reler a poesia dele.
Bom dia!

MR disse...

E as traduções que ele fez da Patti Smith.
Bom fim de semana!

Justa disse...

:-)

¡Buen fin de semana!

Mr. Vertigo disse...

Li e adorei o livro da Patti Smith editado pela Assírio & Alvim, aliás lia todos os livros da colecção "Rei Lagarto", dedicada aos grandes poetas do universo musical:-)
Bom domingo!

MR disse...

Eu também era fã da col. Rei Lagarto. Andei á procura do livro da Patti Smith e não o encontrei. Deve estar mal arrumado.
Bom dia!