Lisboa: Guerra e Paz, 2020
No dia em que me preparava para encomendar a edição francesa, vi que o livro está traduzido.
«Em Este vírus que nos enlouquece, Bernard-Henri Lévy contesta os que querem aproveitar o coronavírus para arrasar o que a civilização ocidental tem de melhor. Contra os que pretendem ver no vírus uma mensagem, contra o alarmismo do apocalipse, contra os obcecados pelo decrescimento e contra outros defensores da penitência, Lévy contesta a ideia de que no recomeço, após a pandemia, “nada deve ser como antes”. Pelo contrário, contra um mundo refém do medo, temos de voltar à confiança do aperto de mão, dos abraços e das viagens.
«Neste livro, o filósofo denuncia a tentativa visível de utilização da pandemia pelos usurários da morte e pelos tiranos da obediência, cujo objetivo é estrangularem a liberdade dos cidadãos a coberto da urgência sanitária e do delírio higienista. Estamos perante o que chama "O primeiro medo mundial" e um vento de loucura assola o planeta: este livro recorre ao pensamento, à história e à filosofia para nos ajudar a encarar com racionalidade uma pandemia que não é a primeira, nem foi a mais mortífera que a humanidade até hoje conheceu.
«Um livro em defesa da vida em toda a sua plenitude, convivial, amorosa, política. Um livro em defesa das portas da liberdade que são aeroportos, viagens, cosmopolitismo e comércio.» (Da sinopse.)
Gostei bastante deste livrinho, embora nalguns casos me pareça que há da parte do autor um excessivo otimismo. Mas realmente se compararmos com outras pandemias mais recentes como a gripe de Hong Kong (1968) que matou um milhão de pessoas...
Olhando para a política mundial e para alguns dirigentes de países que estão a aproveitar esta crise para endurecer as políticas, tornando-os em regimes autoritários, com as democracias à deriva, acho que o autor tem toda a razão. Putin, Xi Jinping, Erdogan, Orban, etc. - e para já não falar em Trump e Bolsonaro - aproveitam a pandemia para aprovar leis contra os direitos humanos e democráticos enquanto o mundo ocidental se preocupa com as máscaras, as vacinas, etc. Também temos de nos preocupar com isto, mas não só. Senão amanhã em que mundo vamos viver?
Olhando para a política mundial e para alguns dirigentes de países que estão a aproveitar esta crise para endurecer as políticas, tornando-os em regimes autoritários, com as democracias à deriva, acho que o autor tem toda a razão. Putin, Xi Jinping, Erdogan, Orban, etc. - e para já não falar em Trump e Bolsonaro - aproveitam a pandemia para aprovar leis contra os direitos humanos e democráticos enquanto o mundo ocidental se preocupa com as máscaras, as vacinas, etc. Também temos de nos preocupar com isto, mas não só. Senão amanhã em que mundo vamos viver?
2 comentários:
Li a entrevista dele ao semanário "Expresso" e ao contrário de Bernard Henry-Levy estou bastante pessimista sobre o futuro do mundo em que vivemos.
Muito bom dia!
Não sei o que pensar porque parece que, com a desflorestação da Amazónia, há por aí vírus aos montes, que se propagam por mosquitos. Se a Amazónia é um bem para a humanidade não há outra forma do que pagarmos a sua manutenção. É bom agirmos depressa.
Quanto ao livro de BHL, talvez ele tenha razão. A retoma está ser mais rápida do que eu imaginava, com imensa gente já a viajar de avião. Mas se calhar vai haver retrocesso e isso vai ser o caos. Gostei de ler o livro. Vou ler a entrevista.
Bom dia!
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