Léopold Burthe - Ofélia, 1851
Esta exposição, que pode ser visitada no Musée de la Vie Romantique (Paris) até 4 de setembro, mostra uma centena de obras (pinturas, esculturas, manuscritos e objetos de arte) e convida o público a descobrir heroínas revisitadas ou inventadas pelo Romantismo. Esta exposição permite tecer laços entre as Belas Artes, a literatura e o teatro que desempenham no século XIX um papel fundamental na difusão de um heroísmo feminino com conotações trágicas.
Sappho, Joana d'Arc, Maria Stuart, Heloísa, Julieta, Ofélia ou ainda Atala: estas mulheres, cujas narrativas dramáticas são conhecidas, ancoram no imaginário coletivo da época uma certa visão do feminino. Nas belas-artes, como na literatura ou na música, a heroína romântica vive paixões fortes, sente desespero e melancolia, ama e morre de amor. Os artistas românticos, levados pelo gosto do drama, fazem destes destinos temas para as suas composições. Estas mulheres diáfanas e frágeis figuram em obras de Eugène Delacroix, Anne-Louis Girodet, Théodore Chassériau, Antoine-Jean Gros, Léon Cogniet ou Léopold Burthe.
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