Nestes dias em que a categoria da genialidade está tão banalizada , importa lembrar alguém a quem tal qualificativo é mais do que adequado-Joseph Needham (1900-1995 ) .
George Steiner ( em My unwritten books , 2007 ) compara-o mesmo a Voltaire e a Goethe , pelo ecletismo e pela produtividade , tendo Needham mantido como eles uma activa vida pública e interesse pela política .
A obra de Needham abrange mais de 300 títulos entre livros , monografias , artigos e conferências , e espraia-se pela Biologia , Bioquímica , Cristalografia , História das Ciências Naturais , História da Tecnologia , e História da Ciência na China ( a que dedicou sete grossos volumes escritos entre 1937 e 1995 e ainda hoje continuada pelos seus discípulos ) .
Além da sua carreira universitária em Cambridge , onde hoje a sua memória está perpetuada pelo Needham Research Institute ( cujo website recomendo para quem queira saber mais ) , ele foi um destacado membro da Royal Society , sob pseudónimo publicou romances históricos passados durante a época de Cromwell e foi ainda pregador numa congregação de orientação ecuménica sediada nos arredores de Cambridge.
No que respeita à política , Needham , como tantos intelectuais britânicos da sua geração , foi marxista , estalinista e admirador do Presidente Mao , convicções que manteve até ao fim da sua vida e que nunca deixou de expressar publicamente.
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