Prosimetron

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sábado, 12 de julho de 2008

Grandes filmes (esquecidos?): 12 - Julius Caesar


Primeiro, uma nota não cinematográfica. Júlio César, líder militar, político e ditador vitalício de Roma, nasceu (possivelmente) a 12 de Julho de 100 A.C. e encontrou o seu destino final nos idos de Março (dia 15 de Março de 44 A.C.). Conquistou a Gália (menos uma pequena aldeia que resistiu ainda e sempre ao invasor) e atravessou o Rubicão; foi provavelmente o maior obreiro do Império Romano.

Em 1953, Joseph L. Mankiewicz adaptou a obra de Shakespeare, "Julius Caesar", peça que descreve os últimos dias de César. A MGM não se poupou a esforços: O elenco era um "who's who" de Hollywood: Marlon Brando interpretava Marco António; James Mason fazia o papel do "et tu, Brutus...?"; John Gielgud era Cássio; César era interpretado por Louis Calhern; Greer Garson era Calpúrnia; Deborah Kerr era Pontia; e Edmond O'Brien era Casca.

O filme, fiel à peça, narra o desenvolvimento da conspiração contra César, o seu assassinato no Senado e os dias subsequentes. O personagem central é Brutus, que debate furiosamente os ditames (e contradições) da lealdade e do dever para com a Pátria (que por sua vez são matizados em tons de cinzento). Os movimentos de manipulação evocam outras emoções, nomeadamente a ambição e a inveja, que são empregues para envenenar (ou acinzentar) o espírito dos próximos de César. No entanto, é Marco António que conquista o filme no seu discurso aos romanos, da escadaria do Senado. É um momento arrepiante.

"Julius Caesar" foi nomeado para cinco Óscares da Academia, incluindo Melhor Filme, Melhor Actor (Brando) e Melhor Música (de Miklós Rózsa, o compositor de "Spellbound"), tendo ganho Direcção Artística. Ganhou o BAFTA de Melhor Actor Britânico para Gielgud e de Melhor Actor Estrangeiro para Brando; James Mason ganhou o prémio para Melhor Actor do National Board of Review (que também concedeu o título de Melhor Filme).

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