Os jardins italianos caracterizam-se pela utilização de plantas frutíferas, flores, estátuas e fontes num contexto clássico e funcional. Muito semelhante ao modelo francês, o estilo italiano incorporou o calor dos países mediterrânicos, quebrando a linha formal e excessiva. O elemento água é fundamental no desenho dos jardins italianos, seja em forma de fonte, chafariz ou espelho de água, normalmente o ponto central de contemplação do jardim. As plantas escolhidas devem ser de origem mediterrânica ou temperada, capazes de aguentar o frio e a seca. Buxinho, murta, lavanda, alecrim, sálvia, laranjeira, limoeiro, macieira, pereira, romeira, oliveira, roseira, azálea e plantas medicinais e hortícolas são algumas espécies utilizadas na concepção destes jardins. Depois vem a decoração que se consegue através da utilização de outros elementos como vasos cerâmicos, esculturas, treliças, arcos, pontes ou bancos, contribuindo para um ambiente de harmonia e romantismo.
No Renascimento, os jardins italianos copiaram o modelo da Roma Antiga onde abundavam muitas estátuas e fontes monumentais. Nessa época cultivavam-se jardins nas colinas e encostas por razões panorâmicas e climáticas. Nesse sentido aproveitava-se o terreno irregular sobre o qual muitos jardins assentavam, enriquecendo-os com escadarias e terraços. Os jardins eram tidos como centros de retiro intelectual onde sábios e artistas podiam trabalhar e discutir em locais frescos e aprazíveis. A vegetação era secundária e as espécies mais utilizadas iam do louro ao cipreste, passando pelo azinheiro ou o pinheiro. O buxo também eram muito utilizado em formas recortadas. Nesses jardins a paisagem era desenhada com régua e compasso, caracterizando a simetria das linhas geométricas onde o contraste entre as formas naturais e as criadas pelo homem era bem conseguido.
1 comentário:
Os jardins italianos também são bonitos. Os de Villa Borghese, em Roma, são magníficos. O cipreste é uma das minhas árvores de eleição.
Este seu tema é interessante.
A.R.
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