Prosimetron

Prosimetron

domingo, 25 de janeiro de 2009

Inverno no Prosimetron

"As mudanças das estações notam-se menos em locais deste tipo (nota: prados) do que nos cenários arborizados. Todavia, para um observador atento, eram igualmente perceptíveis; a diferença está em que as suas formas de manifestação são menos vulgares e banais do que as bem conhecidas, como os botões a abrir ou as folhas a cair. Muitas delas não são tão furtivas e graduais quanto possamos imaginar, se considerarmos a letargia geral de uma charneca ou de um terreno ermo. O Inverno, ao chegar aos campos, avançava em fases bem demarcadas, em que se poderiam sucessivamente observar a retirada das cobras, a transformação dos fetos, o enchimento dos charcos, a subida dos nevoeiros, o queimar das geadas, o colapso dos fungos e a obliteração pela neve."

excerto de "Far from the madding crowd" (Longe da multidão), de Thomas Hardy (1840 - 1928); Tradução: Maria Clarisse Tavares

8 comentários:

LUIS BARATA disse...

O encanto do Inverno. É pena é causar tantos incómodos, mas ainda assim mais motivos de queixas teriam certamente as gerações que nos precederam, menos protegidas.

Miss Tolstoi disse...

Gostei imenso de «Longe da multidão» quando o li, tanto que o reli várias vezes.

João Mattos e Silva disse...

O fascínio pelo Inverno! Sempre quero ver se daqui a uns meses também nos vai brindar com o Verão...ou a Primavera, quando a Natureza renasce em explosões de verdes,luz e cor.

Anónimo disse...

A fotografia é linda acompanha muito bem o texto.
A.R.

Anónimo disse...

Também gosto do «Longe da multidão». E gostei do filme do Schlessinger, com a Julie Christie e o Terence Stamp, e acho que com o Peter Finch. E não houve também uma série da BBC?
M.

Anónimo disse...

M.
Também gostei do filme. Adoro a Julie Christie. Não li o livro mas abriram-me o apetite.
A.R.

Miss Tolstoi disse...

Terence Stamp era uma brasa!

Anónimo disse...

O verbo está certo: "Era"
C