- O primeiro a circular- Manchester, Grã-Bretanha.
A campanha dos autocarros ateus que começou no Reino Unido e atravessou a Europa Ocidental e a América do Norte, já chegou a Madrid. Já é possível ver autocarros a circularem na capital vizinha com os cartazes que muita polémica têm dado em vários países, e que desde logo foram proibidos de circular no território da Cidade do Vaticano...
A campanha dos autocarros ateus que começou no Reino Unido e atravessou a Europa Ocidental e a América do Norte, já chegou a Madrid. Já é possível ver autocarros a circularem na capital vizinha com os cartazes que muita polémica têm dado em vários países, e que desde logo foram proibidos de circular no território da Cidade do Vaticano...
Tal como as suas congéneres europeias, também a Associação Ateísta Portuguesa gostaria de ver a campanha estender-se a Lisboa. Mas, como ouvi esta manhã na TSF o seu presidente explicar, a associação não tem capacidade financeira para sustentar esta iniciativa.
Por outro lado, os crentes em Deus não ficaram de braços cruzados: como se vê na terceira foto, já circulam em Madrid autocarros com slogan de sinal inverso- Deus existe.
Contentes estão de certeza as agências publicitárias- nunca a publicidade em autocarros foi tão disputada...
12 comentários:
Será que é necessário fazer-se publicidade das nossas idéias? O existir ou o não existir deus não será uma construção da nossa mente?
Mas esse é o cerne da questão! Para muitos milhões e milhões de seres humanos, Deus não é uma ideia, mas sim um ente que existe e se manifesta no Mundo.
Para muitos outros seres humanos, Deus não existe, é uma criação humana, é uma ideia.
E são estes dois campos antagónicos que hoje ainda se defrontam, mas felizmente sem fogueiras e assim.
A publicidade ( ou mais propriamente neste caso, a propaganda) é essencial:uns têm os milagres, as relíquias, as peregrinações, as canonizações,pois que tudo isto visto com objectividade serve de difusão, os outros usam a ciência, os danos colaterais das religiões, e agora pelos vistos os autocarros.
Mas as ideias surgem para ser comunicadas, para serem difundidas, tal como as convicções, religiosas, políticas, ou outras. Desde que não se caia num proselitismo exagerado ou violento.
Adorei os dois comentários. O primeiro por ser interrogativo e pertinente. O segundo porque descreve exactamente o que penso.
Embora, o milenarismo da Igreja e da sua prática tenha mais beleza do que meras palavras num autocarro. E, por vezes, vale mais crer em algo do que no vazio.
Como eu gostava de crer, sem reservas!
A.R.
Por acaso acho isto bastante insólito. E perigoso.
Perigoso será se se lembrarem de os pôr a circular em Bagdad, Kabul, Teerão, Riade, etc. Aliás, a questão nem se põe aí porque jamais seriam autorizados. Esta é a grande diferença entre o Ocidente, pese embora tudo o resto, e muitas outras zonas do mundo.
Também não concordo nada com a propaganda da fé ou não-fé, que é uma matéria do foro íntimo de cada um.
Este tipo de publicidade ou propaganda (como quiserem) não tem nada a ver com a discussão entre as várias religiões e sobre a existência ou não de deus.
Qualquer dia isto está mais baixo que a propaganda das seitas...
M.
Mas a atenção que o que está escrito nem sequer é muito radical: "Provavelmente não existe Deus.Por isso, não se preocupe e aprecie a vida." . O "provavelmente" foi acrescentado por sugestão de Richard Dawkins.Não vejo isto como uma campanha de afronta às religiões.
Aliás, pese embora as minhas convicções pessoais, defendo o direito dos ateus se manifestarem desde que respeitem os limites habituais da liberdade de expressão.Agora, tenho por certo que se trata de uma discussão ( falo do tema em geral conforme se vê nos comentários supra e não da campanha em si )infrutífera, porque prevalecerá sempre a ausência de provas conclusivas, para um lado ou para o outro. Desconheço conversões súbitas ou perdas de fé imediatas resultantes de debates, colóquios e afins...
Mas podem acontecer ambas (conversões súbitas ou perdas de fé) perante a morte. A morte ou a salvação de um ente querido podem conduzir a ambos os casos. Conheço e testemunho ambos os casos (e é imediata...)
Deus é a Fé! E deus existe (seja ele qual for) em função dessa fé! É um acreditar que não se fundamenta, nem se pode fundamentar, na Razão! A fé não se explica, como também não se pode explicar a ausência de fé.
Concordo. Só que para mim, a ausência de fé é mais baseada na Razão.
M.
Grande JAD estavas iluminado ao meio-dia! Concordo em absoluto com os teus dois comentários, até por conhecimento directo. E não faltam exemplos históricos, lembro-me desde logo do Guerra Junqueiro, se não me atraiçoa a memória.
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