Three days of rain, da autoria de Richard Greenberg, volta aos palcos do West End de Londres. Há dez anos, estreava-se no Donmar Warehouse Theatre, na interpretação de Colin Firth, David Morrissey e Elizabeth McGovern.
Em 2009, compete ao Apollo Theatre receber esta peça. O triunvirato de actores é liderado pelo bem conhecido James McAvoy (Expiação, a Juventude de Jane), e os promissores Nigel Harman e Lindsey Marshal. Sob a assistência de Dan Ford e Jane Stanton, vemos os três a dar vida aos papéis de Walker, Pip e Nan, ou Ned, Theo e Lina.
A duplicidade das interpretações resulta de dois cenários diferentes, localizados em épocas diferentes: o primeiro acto situa o espectador num loft desocupado em Manhattan em 1995, o segundo acto decorre no mesmo espaço, mas em 1960.
Walker e sua irmã Nan, filhos do aclamado arquitecto Ned Janeway, e Pip, filho de Theo (amigo e sócio de Ned), reúnem-se no loft em que seus pais trabalhavam juntos. Passado um ano após o falecimento de Ned, o propósito do encontro destes três jovens é o de decidir sobre o futuro de um edifício nova iorquino dos anos 60, concebido por Ned e Theo e internacionalmente reconhecido pelo seu valor arquitectónico. No entanto, a descoberta de um diário que fala de três misteriosos dias de chuva, inicia uma história surpreendente que, ao longo da segunda parte, é vivida e desvendada pouco a pouco pelos próprios pais num passado aparentemente longínquo…
O fascínio de Three days of rain é precisamente esta interligação entre duas gerações. A história dos pais, alicerçada em segredos, medos, desilusões, mas também num desejo de recomeço, alicerça também a personalidade de cada um dos filhos. Aos três dias de chuva de 1960, devem os três protagonistas dos anos 90 o encontro com a sua identidade.
McAvoy, naturalmente centro das atenções do público, desempenha de forma convincente o papel de Walker. Seus dois colegas que eu desconhecia estão à altura do actor escocês. Uma comparação com a adaptação de 1999 torna-se difícil, quer pelos actores escolhidos, quer pela encenação realizada. Contudo, é a agressividade “saudável”, inerente a uma juventude rebelde, que a versão de 2009 tem a seu favor comparativamente com os mais sisudos Firth/Morrissey/McGovern que, talvez devido à sua maturidade em palco, demonstraram uma actuação mais ponderada ao longo de toda a peça.
Em todo o caso, tendo tido o privilégio de ver Colin Firth em palco de quem sou grande admirador, pouco objectivo serei nesta avaliação.
Em 2009, compete ao Apollo Theatre receber esta peça. O triunvirato de actores é liderado pelo bem conhecido James McAvoy (Expiação, a Juventude de Jane), e os promissores Nigel Harman e Lindsey Marshal. Sob a assistência de Dan Ford e Jane Stanton, vemos os três a dar vida aos papéis de Walker, Pip e Nan, ou Ned, Theo e Lina.
A duplicidade das interpretações resulta de dois cenários diferentes, localizados em épocas diferentes: o primeiro acto situa o espectador num loft desocupado em Manhattan em 1995, o segundo acto decorre no mesmo espaço, mas em 1960.
Walker e sua irmã Nan, filhos do aclamado arquitecto Ned Janeway, e Pip, filho de Theo (amigo e sócio de Ned), reúnem-se no loft em que seus pais trabalhavam juntos. Passado um ano após o falecimento de Ned, o propósito do encontro destes três jovens é o de decidir sobre o futuro de um edifício nova iorquino dos anos 60, concebido por Ned e Theo e internacionalmente reconhecido pelo seu valor arquitectónico. No entanto, a descoberta de um diário que fala de três misteriosos dias de chuva, inicia uma história surpreendente que, ao longo da segunda parte, é vivida e desvendada pouco a pouco pelos próprios pais num passado aparentemente longínquo…
McAvoy, naturalmente centro das atenções do público, desempenha de forma convincente o papel de Walker. Seus dois colegas que eu desconhecia estão à altura do actor escocês. Uma comparação com a adaptação de 1999 torna-se difícil, quer pelos actores escolhidos, quer pela encenação realizada. Contudo, é a agressividade “saudável”, inerente a uma juventude rebelde, que a versão de 2009 tem a seu favor comparativamente com os mais sisudos Firth/Morrissey/McGovern que, talvez devido à sua maturidade em palco, demonstraram uma actuação mais ponderada ao longo de toda a peça.
Em todo o caso, tendo tido o privilégio de ver Colin Firth em palco de quem sou grande admirador, pouco objectivo serei nesta avaliação.
Three days of rain estará no Apollo Theatre até 9 de Maio.
Fotos: James McAvoy (uma fotografia com os três protagonistas não se encontra disponível); Morrissey/Firth/McGovern em 1999; Julia Roberts e Paul Rudd na versão da Broadway em 2006
3 comentários:
Olá, Filipe!
M.
Fiquei com vontade de a ver, parece-me um bom texto e um bom elenco.
Parece-me que deve ser interessante.
A.R.
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