Prosimetron

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sábado, 28 de março de 2009

Ainda D. Nuno Álvares Pereira

" (...) Até agora, não dei conta de qualquer actividade relevante programada a propósito da santificação do Condestável. Apenas têm surgido algumas iniciativas isoladas e dispersas, oriundas maioritamente de instituições e personalidades relacionadas com a defesa da monarquia e de responsáveis religiosos.
A elevação do Condestável à dignidade dos altares da Igreja Católica pelo Vaticano não pode ser ignorada por Portugal. Este acontecimento, de tanta relevância e expressão pública a nível mundial, na comunidade de centenas de milhões de católicos, pode e deve ser aproveitado com a finalidade de acentuar perante os portugueses a condição de D. Nuno como grande figura nacional, cuja actuação contribuiu decisivamente para a formação e consolidação da nação que ainda hoje somos, em momentos particularmente difíceis e com a independência da pátria em grande perigo.
O que fariam outros países, como a Espanha, a França, os EUA, o Brasil a uma das suas figuras históricas, perante uma distinção idêntica?
Seria bom para a nossa auto-estima, tão abalada que ela tem andado, apesar das coisas positivas que muitos dos nossos compatriotas vão fazendo- algumas de repercussão internacional-, se os meios de comunicação públicos e privados debatessem abertamente a figura de Nuno Álvares no seu tempo, o período em que viveu e de que foi um dos principais protagonistas, as suas atitudes positivas e negativas, os valores que animavam os portugueses de então, enfim, todos os aspectos que contribuíram para desenhar o seu perfil histórico, sejam eles de aplaudir ou de reprovar.
Neste contexto, o Estado português não poderá abster-se. (...) "

- José Loureiro dos Santos, in PÚBLICO de 27/03/2009.

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